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Socorristas israelitas deixam Turquia devido a "séria ameaça" à sua segurança

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A organização não-governamental israelita United Hatzalah anunciou hoje a suspensão das suas operações de socorro na Turquia, atingida por um violento sismo na segunda-feira, alegando uma "séria ameaça" à segurança da sua equipa.

Em comunicado, a organização avançou que pretende "completar a sua missão e regressar a Israel o mais rapidamente possível", devido a "uma séria ameaça à missão de socorro israelita na Turquia", composta por cerca de 25 elementos.

A United Hatzalah de Israel é uma organização independente que integra mais de 6.200 voluntários e que disponibiliza serviços médicos de emergência gratuitos.

Nos últimos dias, os socorristas da United Hatzalah partilharam vídeos e fotos nas redes sociais das suas operações de resgate nas zonas atingidas pelo terramoto na Turquia.

"Infelizmente, recebemos informações sobre uma ameaça concreta e imediata contra a delegação israelita e temos de dar prioridade à segurança do nosso pessoal", adiantou a organização, que se escusou a dar mais detalhes sobre essa situação.

A agência France-Presse adiantou que as equipas de resgate do Exército de Israel continuam as suas operações de resgate na Turquia, onde têm hospitais de campanha, uma informação confirmada pela embaixada do país em Ancara.

O anúncio da ONG israelita aconteceu um dia depois do Exército austríaco e uma associação alemã terem tomado, temporariamente, uma decisão semelhante.

No sábado, os militares austríacos suspenderam as suas operações de resgate na Turquia durante algumas horas, alegando a "situação de segurança" no terreno, mas retomaram as buscas sob a proteção do exército turco.

Pelo menos 33.179 pessoas morreram em consequência do violento sismo que abalou na segunda-feira a Turquia e a Síria, indicaram dados oficiais hoje divulgados.

Os dois países foram atingidos por um terramoto de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5.