Bruno Melim diz que “a solução é mandar o PS passear"
O líder da JSD/Madeira, Bruno Melim, interveio hoje na sessão de encerramento do XXII Congresso Regional da JSD/Açores, que se realizou em Ponta Delgada
Bruno Melim começou por enfatizar a importância de existir uma JSD dinâmica, empenhada e dedicada na defesa de causas, como o aprofundamento da autonomia e a “construção de um Portugal insular mais coeso e equitativo onde os jovens insulares possam aspirar a ter os mesmos direitos que os jovens continentais”.
Segundo referiu, a JSD é, por excelência, “a casa dos jovens autonomistas e de todos quantos querem reformar a social-democracia nas ilhas”.
No que respeita às decisões de âmbito da governação regional, o líder da JSD/Madeira evidenciou os resultados da governação social-democrata açoriana, contrastando-a aos 24 anos de governação socialista naquele arquipélago.
Analisados dois anos da governação do PSD nos Açores, rapidamente concluímos que a solução no País é simples: quem quiser o desenvolvimento da República só tem uma coisa a fazer, mandar o PS passear” Bruno Melim
O líder da JSD/Madeira apontou as melhorias significativas nas políticas de emprego, em especial do desemprego jovem, baixa do número beneficiários de RSI e um conjunto de medidas de apoio aos empresários e às famílias em linha com aquilo que se faz na Madeira.
Estes são os bons exemplos das nossas governações, as governações autonómicas do PSD". Bruno Melim
Bruno Melim definiu ainda uma agenda de desafios comuns em que os social-democratas madeirenses e açorianos devem estar de mãos dadas numa “luta intransigente do aprofundamento da autonomia”, como são exemplos “a revisão da lei de finanças regionais, a revisão da constituição, o problema do subfinanciamento das universidades, a gestão partilhada da Zona Económica e Exclusiva e os problemas de insegurança e de consumo de drogas sintéticas que são uma realidade preocupante também nos Açores”.
O também deputado à Assembleia Legislativa da Madeira referiu que “tudo o que nos separa da República na resolução dos problemas concretos, nas matérias elencadas, prende-se com uma visão centralista, limitada e retrograda de uma nação que chegou aos 5 cantos do mundo e que hoje acha que qualquer aprofundamento da autonomia constitui um momento de perda de soberania”, numa afirmação que mereceu uma forte ovação.
Sobre as matérias comuns, relembrou as recentes iniciativas da JSD/Madeira como o Estatuto do Estudante Deslocado Insular, aprovado na Assembleia Legislativa da Madeira, o Estatuto do Estudante-Atleta Insular, chumbado pelo PS na Assembleia da República e o recente projecto que visa alterar as regras do Programa Regressar para que os jovens das Regiões Autónomas possam ser devidamente contemplados pela referida medida.
Sobre estas iniciativas, referiu que “são acções concretas em que é evidente a importância da JSD na afirmação e defesa da Juventude insular e, numa outra perspetiva, a demonstração clara de que o PS não tem discurso, nem alternativa, para a Juventude nas Regiões Autónomas e também no País. Não tenham dúvidas, a única voz na defesa da Juventude é a JSD".
Melim reiterou que as iniciativas ainda em apreciação na Assembleia da República, que visam a melhoria das condições de vida dos jovens insulares, devem ser “amplamente discutidas, conhecidas e reivindicadas pelos parlamentares do PSD Madeira e Açores na Assembleia da República”, podendo a Juventude açoriana contar com Dinis Ramos, vice-Presidente da JSD/Madeira e mais recente deputado do PSD/Madeira à Assembleia da República, como “uma voz não só da Juventude da Madeira, mas também da Juventude Açoriana em todas as reivindicações autonómicas.”
Por fim, Bruno Melim concluiu a sua intervenção referindo que a JSD deve ser uma Juventude Sem Dúvidas no que concerne à defesa e aprofundamento da autonomia, mesmo que isso implique “novos contenciosos com as novas gerações na República”, numa alusão às declarações do líder nacional da JS, Miguel Costa Matos, referiu que a questão do contingente especial de acesso ao ensino superior para os Açores e para a Madeira, “eram fait divers das Ilhas”.
“Por cada centralista que exista na ação política, seja nos Açores, Madeira ou Continente, deve existir em cada um de nós um defensor intransigente da Autonomia, da liberdade e da afirmação dos povos insulares”, rematou.
Luís Raposo foi reeleito para um segundo mandato à frente da estrutura regional da JSD açoriana.