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Governo aposta num modelo "mais justo" de acesso ao ensino superior

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A ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, disse hoje em Coimbra que as novas regras de acesso ao ensino superior visam chegar a um modelo "mais justo".

"Aquilo que pretendemos fazer com esta reforma do modelo é torná-lo mais justo e alargar a base social do acesso", tendo também presente "a questão da equidade", disse Elvira Fortunato.

A ministra falava aos jornalistas, no Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra, no final de uma sessão em que foram apresentadas as alterações à conclusão do ensino secundário e acesso ao ensino superior.

Sara Madruga da Costa exigiu esclarecimentos e garantias quanto à manutenção do contingente de acesso ao Ensino Superior

“O recuo do seu Governo na intenção de reduzir o contingente de acesso ao Ensino Superior, por parte dos Estudantes Madeirenses, não pode ser provisório ou circunstancial, tem de ser definitivo e aquilo que consideramos fundamental é ouvir, da sua parte, quais as garantias que a Madeira tem de que esse recuo será mesmo definitivo” afirmou, hoje, na Assembleia da República, a deputada Sara Madruga da Costa, na audição que teve lugar à Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, precisamente um mês depois do PSD ter apresentado o requerimento para esse efeito.

Com o novo sistema, em cumprimento do programa do Governo, o principal objetivo "é permitir que ninguém fique para trás" e que "não deixe por razões económicas" de ingressar nas universidades e institutos politécnicos, acrescentou.

O modelo a aplicar "vai também abrir o leque" para os emigrantes portugueses e lusodescendentes, criando igualmente condições de acesso mais favoráveis aos estudantes oriundos dos países lusófonos.

No programa de apresentação, em cuja abertura interveio o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, usaram também da palavra o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, e o ministro da Educação, João Costa, entre outros responsáveis.

Para João Costa, o novo modelo de acesso traduz "um trabalho articulado e passa por um conhecimento recíproco" entre os níveis de ensino secundário e superior.

Com estas alterações, o executivo de António Costa pretende "que a transição se faça sem dramas e que a adaptação dos alunos" ao novo ciclo de aprendizagem "seja natural", disse.

"Isso passa por uma continuidade do conhecimento em termos curriculares", sublinhou o ministro da Educação aos jornalistas.

No exterior do Colégio da Trindade, durante as intervenções, um grupo de docentes e dirigentes do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), com sede em Coimbra, filiado na Fenprof, manifestou-se em defesa de melhores condições de trabalho, carreira e salariais.

O ministro da Educação recebeu no átrio do edifício uma representação do SPRC que lhe entregou um documento com várias reivindicações, entre elas "eliminação da precariedade laboral na profissão", "aprovação de um regime de aposentação que permita, também, o rejuvenescimento do corpo docente", "regularização dos horários de trabalho" e "alteração do regime de mobilidade por doença recentemente imposto".