Sara Madruga da Costa exigiu esclarecimentos e garantias quanto à manutenção do contingente de acesso ao Ensino Superior
“O recuo do seu Governo na intenção de reduzir o contingente de acesso ao Ensino Superior, por parte dos Estudantes Madeirenses, não pode ser provisório ou circunstancial, tem de ser definitivo e aquilo que consideramos fundamental é ouvir, da sua parte, quais as garantias que a Madeira tem de que esse recuo será mesmo definitivo” afirmou, hoje, na Assembleia da República, a deputada Sara Madruga da Costa, na audição que teve lugar à Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, precisamente um mês depois do PSD ter apresentado o requerimento para esse efeito.
Uma audição em que foram reiterados os apelos para o “esclarecimento cabal” das declarações proferidas pela Ministra a um órgão de comunicação social – declarações essas que a mesma desmentiu – sublinhando-se a necessidade da Madeira e, em particular, das famílias e dos estudantes Madeirenses saberem com o que é que podem contar para o futuro e já nas próximas candidaturas, este ano, ao Ensino Superior.
“Até ao momento contamos apenas com palavras e anúncios contraditórios do Governo, precisamos de garantias de que não haverá uma redução do contingente, nem agora, nem no futuro”, afirmou a deputada madeirense.
Sara Madruga da Costa que, na ocasião, acusou a Ministra de ter assumido uma posição pública que “apanhou toda a gente de surpresa, designadamente os órgãos de Governo próprio da Região que não foram ouvidos, as famílias e os estudantes Madeirenses” e que obriga a uma explicação, reiterando, igualmente, o alarme social causado, estando em causa uma redução, sensivelmente para metade, do contingente de acesso em vigor.
“Não nos basta ouvir que este não era o momento certo para reduzir o contingente e aquilo que pretendíamos, com esta audição, era obter todas as explicações e garantias que são devidas e no local próprio, que é aqui o parlamento”, vincou, frisando que, lamentavelmente, a Ministra não o fez e limitou-se a desmentir as declarações de um órgão de comunicação social, tendo ficado por esclarecer várias questões. “Porque motivo demorou tanto tempo a Ministra a vir a público esclarecer toda esta polémica? Quais são as razões que levaram o Governo a colocar em cima da mesa a redução do contingente? Porque razão o Governo mudou, entretanto, de opinião e veio dizer que este não era o momento certo para reduzir o contingente de acesso às universidades? O recuo do Governo é ou não definitivo?”, questionou, por fim, a deputada.