Os impactos das medidas levadas a cabo pelo Governo Regional para mitigar o efeito da inflação voltou a repercutir-se no crescimento da inflação registado no mês de Janeiro, porque apesar de ter subido, manteve-se inferior ao verificado no continente, sustenta o secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, que em representação do presidente do Governo Regional, esteve hoje presente nas comemorações dos 25 anos da empresa Dupliconta – Sociedade de Contabilidade, Consultoria e Gestão, Lda.

“A inflação na Região, apesar de ter subido, sobe a um ritmo inferior aquele que acontece no continente, não obstante estarmos numa região insular, e isso resulta efectivamente das medidas que o Governo Regional tem implementado, quer sejam no apoio ao transporte dos bens essenciais, mas também a outras medidas, nomeadamente com a criação de reserva estratégica de cereais e a redução dos impostos, e o impacto que isso tem na formação final dos preços ao consumidor”, destacou o governante, à margem do evento.

Rogério Gouveia assegura que o Governo Regional tem vindo e vai continuar a acompanhar esse indicador com a devida atenção, mas também lembra que as projecções macro económicas demonstram que a tendência é para ocorrer uma inversão a partir do segundo trimestre deste ano, até porque os indicadores já vão no sentido de um abrandamento da inflação.

Manifestou por isso “alguma satisfação” pelo facto das “medidas tomadas em devido tempo” na Região terem contribuído para mitigar o impacto da inflação.

Já quando questionado sobre a possibilidade de o Governo Regional poder fixar preços de bens essenciais, Rogério Gouveia lembrou que funcionamentos numa “economia aberta e fixar preços não é de todo uma solução”. A solução para o problema da inflação “resolve-se com medidas do ponto de vista macroeconómico que é aquilo que tem sido feito”, assegura, referindo-se às medidas globais do Banco Central Europeu, e locais, promovidas pelo Governo Regional.

A inflação na Região Autónoma da Madeira em Janeiro de 2023, aumentou para 7,4%, mais 0,4 pontos percentuais ao registado no mês de Dezembro de 2022, embora abaixo do verificado a nível do País, onde a taxa de variação média foi de 8,2%, valor superior em 0,4 p.p. ao verificado no mês anterior (7,8%). Esta variação média registada na Região pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) nos últimos doze meses – Total Geral – "é o valor mais elevado para este indicador desde Junho de 1993", informa hoje a Direcção Regional de Estatística.