Curaçau e a Venezuela vão reabrir fronteiras marítima e aérea em Abril
São dois países com forte presença de comunidades emigradas oriundas da Madeira
Curaçau anunciou que propôs à Venezuela reabrir as fronteiras marítima e aérea comuns a partir de 03 de abril, uma decisão que Caracas diz contribuir para fortalecer os laços históricos.
"Durante uma reunião do Conselho de Ministros (...) o Governo de Curaçau manifestou o desejo de propor à Venezuela uma data para reabrir as fronteiras marítima e aérea, a partir de 03 de abril", anunciou um comunicado das autoridades da ilha, na quinta-feira.
O documento, divulgado na página do Governo de Curaçau na Internet, explica que estão a ser ultimados os detalhes e condições para a reabertura das fronteiras.
Caracas saudou a decisão, que diz contribuir para o desenvolvimento económico e a interação social.
"O Governo bolivariano congratula-se com a reabertura das fronteiras marítima e aérea com a ilha de Curaçau, a 03 de abril de 2023", escreveu o ministro de Relações Exteriores da Venezuela na sua conta na rede social Twitter.
Segundo Yvan Gil, a decisão "contribui para o desenvolvimento económico, a interação social e o reforço dos nossos laços históricos".
A Venezuela ordenou, em fevereiro de 2019, encerrar as fronteiras marítima e aérea com as ilhas de Curaçau e Aruba, para impedir a entrada no país, por mar, de dois barcos com ajuda humanitária coordenada pela oposição liderada por Juan Guaidó.
Segundo Caracas, a ajuda humanitária internacional fazia parte de um plano para invadir a Venezuela e afastar Nicolás Maduro do poder.
Em dezembro último a Venezuela e os Países Baixos, dos quais Curaçau faz formalmente parte, expressaram a vontade de reabrir gradualmente as fronteiras.