A Madeira merece melhor
O PS-M voltou a prevaricar. Já devia saber que a prática de plágio constitui crime
Boa noite!
O PS-M não tem emenda. Depois de em Outubro passado a 'Confiança' ter sido apanhada a copiar o Código de Conduta de Cascais na proposta que apresentou para o Funchal, eis que hoje um deputado socialista apresenta no Parlamento Regional um projecto de resolução que recomenda ao Governo Regional que encete as diligências necessárias à existência, nas Marinas da Madeira e do Porto Santo, de lugares destinados exclusivamente às embarcações movidas a energias limpas. Uma proposta com muitos parágrafos retirados de documentos, artigos e teses de mestrado, sem identificar os autores.
Num caso como noutro, os socialistas plagiaram, ou seja, optaram pela intrujice, porventura motivada pela preguiça, apropriando-se indevidamente daquilo que não ousaram pensar, nem escrever. E se assim agiram, pelo menos em dois momentos nos últimos meses, deviam os autores destes expedientes merecedores de repúdio, ser severamente punidos.
Noutras paragens e profissões há demissões e despedimentos por causa de tamanho desrespeito pela propriedade intelectual e atentado à cidadania. Por cá, pelos vistos o crime compensa, com inusitado acolhimento tanto dos outrora independentes que já vestem rosa ou dos que decalcando ideias alheias vão ganhando a vida.
O PS-M não tem emenda. Julga que é com queixas triviais – que julgávamos ser exclusivo dos especialistas em pequenez política - que ganha eleições. Nunca o conseguiu no passado e, a continuar assim, dificilmente, será alternativa. A Madeira merece melhor até porque o povo está farto do entretenimento que serve para ocupar a agenda mediática e animar o folclore político, mas que não resolve dramas sociais, nem paga contas pessoais.
Toda a gente sabe qual o objectivo das notícias e da publicidade a queixas-crime a entregar às autoridades judiciais por causa de declarações difamatórias ou de escritos ofensivos. Não passam disso mesmo. Já passei por processos semelhantes, acusado quase sempre pela mesma personagem, que em tempos nos queria tirar emprego, pão e paz, e em diversas instâncias, a resposta foi inequívoca: os senhores políticos têm sempre forma de, em tempo real, se defenderem de eventuais acusações nos palcos por onde andam e falam, e porque gozam de tamanhos privilégios, deviam abster-se de congestionar a Justiça com papeladas e ódios de estimação, como se nas campanhas eleitorais e noutros momentos dialécticos da vida pública uns sejam permanentemente santos e outros pecadores. Amanhem-se.