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Oito soldados sírios mortos em ataque jihadista

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Oito soldados sírios morreram hoje num ataque do grupo jihadista "Hayat Tahrir al-Sham" (HTS), o antigo ramo sírio da rede Al-Qaida, no noroeste da Síria, disse o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"O HTS disparou obuses e ´roquettes´ contra um posto militar sírio, matando oito soldados perto de Kafr Rouma na província de Idleb", disse a organização não-governamental (ONG), com sede no Reino Unido mas com uma extensa rede de fontes na Síria.

Os meios de comunicação oficiais sírios não reportaram imediatamente o ataque.

Desde finais de 2022, o HTS "intensificou os seus bombardeamentos" contra as posições do regime de Bashar al-Assad em Idleb, após a aproximação entre Ancara e Damasco, segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

A Síria e a Turquia, que apoia os rebeldes sírios, retomaram o diálogo após uma rutura de mais de uma década após a guerra de 2011 na Síria.

Uma reunião tripartida realizou-se em dezembro em Moscovo entre os ministros da defesa turco, sírio e russo, a primeira desde 2011.

A Turquia lançou três ofensivas em solo sírio desde 2016 contra as forças curdas do norte, permitindo-lhe controlar uma faixa fronteiriça do lado sírio, uma "ocupação" denunciada por Damasco.

Bashar al-Assad disse em meados de janeiro que as reuniões sírio-turcas deveriam visar "pôr fim à ocupação turca" do território sírio.

Cerca de metade da província de Idleb e áreas limítrofes das províncias vizinhas de Hama, Aleppo e Latakia são dominadas pelo HTS e por fações rebeldes menos influentes.

Apesar de confrontos esporádicos, um cessar-fogo mediado por Moscovo, aliado de Damasco, e Ancara tem sido largamente respeitado desde março de 2020 a região.

A guerra na Síria já matou quase meio milhão de pessoas desde 2011.