Primeiro-ministro britânico critica greve de professores por prejudicar educação de crianças
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, criticou hoje a greve dos professores que está a afetar milhares de escolas, defendendo o direito de as crianças receberem educação.
No debate semanal na Câmara dos Comuns, o líder conservador salientou que os professores já tinham recebido um aumento salarial e insistiu que as crianças "merecem estar na escola".
"No que diz respeito aos professores, demos-lhes o maior aumento em 30 anos, que inclui um aumento de 9% para os professores recém-licenciados e investimento recorde na formação", argumentou.
Sunak insistiu que "a educação das nossas crianças é preciosa e eles merecem estar na escola a ser ensinadas".
O National Education Union (NEU), o principal sindicato dos professores, rejeitou o aumento de 5% proposto pelo Executivo, exigindo um valor acima da taxa de inflação, que se situa nos 10,5%, um dos níveis mais altos em 40 anos.
Este é o primeiro de sete dias de greves convocadas pelo NEU, afetando cerca de 23.000 escolas a nível nacional em Inglaterra e País de Gales, enquanto os restantes dias ao longo do mês serão concentrados em determinadas regiões.
Meio milhão de trabalhadores, incluindo condutores de comboios e autocarros, professores, empregados universitários, funcionários públicos e guardas fronteiriços, estão hoje em greve, exigindo salários mais elevados devido ao elevado custo de vida após a inflação ter atingido 10,5%.
"O fator número um que está a afetar o nível de vida das pessoas é a inflação, causada pela guerra na Ucrânia", argumentou o primeiro-ministro.
Para os próximos dias e semanas estão previstas mais greves, incluindo por enfermeiros e tripulantes de ambulância, prolongando meses de perturbação no quotidiano dos britânicos devido às disputas entre os sindicatos e o governo sobre salários e condições de trabalho.