Mundo

Autoridades ucranianas fazem buscas em operação de luta contra a corrupção

None
Foto Shutterstock

A Ucrânia anunciou hoje a realização de buscas policiais contra um oligarca, governos e funcionários suspeitos de corrupção, uma semana após a demissão de altos funcionários envolvidos num caso de corrupção com suprimentos do Exército.

David Arakhamia, líder do partido que apoia o Presidente Volodymyr Zelensky, explicou que as operações policiais têm como alvo o oligarca bilionário Igor Kolomoiski, o ex-ministro do Interior ucraniano Arsen Avakov e várias autoridades fiscais ucranianas.

Entretanto, a Diretoria de Alfândega foi demitida e altos funcionários do Ministério da Defesa também estão a ser alvos de investigação policial.

"O país vai mudar com a guerra e se alguém não estiver pronto para a mudança, o Estado aparecerá para o mudar", insistiu Arakhamia, referindo-se à corrupção.

Essas incursões acontecem uma semana após a demissão de uma série de altos funcionários ucranianos envolvidos num caso de corrupção à volta de suprimentos do Exército.

Kiev vai acolher uma cimeira com a União Europeia, na sexta-feira, para discutir a necessidade de fazer das medidas anticorrupção uma reforma fundamental para a adesão da Ucrânia à comunidade.

As autoridades ucranianas, cujo esforço de guerra depende em grande parte do apoio militar e financeiro da Europa e dos Estados Unidos, também estão a ser desafiadas a combater a corrupção, para responder aos apelos dos aliados ocidentais.

Investigadores dos serviços de segurança ucranianos (SBU) divulgaram imagens das buscas na casa do oligarca Kolomoiski, no âmbito a uma investigação de um caso de desvio de 40 mil milhões de Hryvnia (cerca de mil milhões de euros) envolvendo empresas petrolíferas.

Este bilionário, que foi alvo de sanções dos EUA, apoiou Volodymyr Zelensky durante a sua campanha eleitoral de 2019, antes de se afastar do Presidente ucraniano.

O Departamento de Investigação do Estado, uma organização de combate à corrupção, realizou ainda buscas nas autoridades fiscais, acusando "o chefe da repartição de finanças de Kiev de conspiração, com o objetivo de enriquecimento de vários milhões de dólares".