Madeira

Madeira tem 500 jovens inscritos e recebe 400 estrangeiros na pré-jornada

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Cerca de 500 jovens madeirenses já confirmaram a presença na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e, pelo menos, 400 estrangeiros vão deslocar-se à região autónoma para participar na pré-jornada, indicou o responsável da organização na Madeira.

"Tirando Lisboa, Santarém e Setúbal, todas as outras dioceses vão ter as chamadas pré-jornadas e aqui, na Madeira, rondam 400 os jovens que virão de vários países para participar na pré-jornada", disse à agência Lusa o padre Carlos Almada.

Os jovens são oriundos da Hungria, Áustria, França, Espanha, Colômbia, Estados Unidos, Vietname e Malásia e vão estar na Madeira entre os dias 26 e 31 de julho, na semana anterior à Jornada Mundial da Juventude, que decorre em Lisboa de 01 a 06 de agosto.

"Neste momento, estamos na fase da divulgação da pré-jornada e também da angariação das famílias de acolhimento destes jovens. Ainda não sabemos em que paróquias é que ficarão, vai depender do número de famílias, da capacidade de acolhimento das estruturas, do apoio logístico", explicou Carlos Almada.

O responsável da Diocese do Funchal pela organização da Jornada Mundial da Juventude, que é também assistente da Pastoral Juvenil, adiantou que "o objetivo é que esses jovens sejam acolhidos por nós, pelos jovens da Madeira, acolhidos nas suas casas, nas paróquias, que vivam a dimensão da nossa cultura, que se integrem, que conheçam o povo, os seus costumes".

Em relação aos peregrinos madeirenses que vão a Lisboa, o padre Carlos Almada disse esperar que o número de inscritos ultrapasse aos atuais 500 nos próximos meses, sendo que estão programados encontros mensais já a partir de fevereiro para preparar a participação na Jornada.

"Tudo isto pressupõe uma dinâmica de formação, de caminho pastoral, de preparação para a Jornada, de encontros de oração, encontros de preparação prática", explicou, adiantando haver também "muitos jovens" madeirenses que não estão integrados em estruturas organizadas e querem participar individualmente no evento.

A maioria, no entanto, opta pelo "pacote completo", que inclui alojamento, transporte, alimentação, o 'kit' da Jornada e os seguros, não sendo, contudo, ainda conhecido o local de estada.

"Será atribuído um espaço, que pode ser em Lisboa e Vale do Tejo ou Setúbal, em instituições públicas ou privadas, ou em casas particulares", disse o padre Carlos Almada.

O responsável considera, por outro lado, que a mobilização para a Jornada Mundial da Juventude não vai afetar a atividade religiosa na Diocese do Funchal, garantido que "nenhuma paróquia ficará privada de missas".

"Sabemos que o grande impacto será a experiência em si, que não é só um evento, não é só um festival, mas é uma oportunidade também de vivência da nossa fé", realçou.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, deverá reunir este ano em Lisboa cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias, que vão contar com a presença do Papa Francisco, decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.