Chave para o futuro será "compatibilizar a sustentabilidade e economia"
Garantiu Rui Barreto esta terça-feira, na Escola da APEL
O secretário regional da Economia, Rui Barreto, garantiu esta terça-feira, na Escola da APEL, que é possível compatibilizar a sustentabilidade com o desenvolvimento económico.
Rui Barreto, que falava a alunos e professores, na abertura da conferência 'Sustentabilidade e Internacionalização dos Negócios: o desafio das próximas décadas', que decorre no âmbito do lançamento da 9.ª edição do MBA Funchal Atlântico, disse que o desígnio de compatibilizar a sustentabilidade do planeta e a economia está espelhado nos objectivos estratégicos para a Economia da Região
Entre esses objectivos, o governante focou o empreendedorismo empresarial. Segundo referiu, pretende-se gerar um ecossistema propício ao empreendedorismo de base tecnológica e à atração de actores externos, de que são exemplo alguns dos projectos desenvolvidos pela Startup Madeira, como os 'Nómadas Digitais'.
No entender de Rui Barreto, é também de realçar a diversificação emergente, ou seja, fomentar e dinamizar a aposta nas áreas da ciência, da tecnologia e da inovação, por forma a atrair conhecimento e investimentos em atividades emergentes, em áreas que vão desde a economia azul, como a piscicultura, a digitalização e a bioeconomia, associando, por exemplo, o mergulho e a investigação e a prospeção.
Não menos importante, nessa estratégia, realça ainda Rui Barreto, está também a qualificação empresarial de suporte à competitividade do tecido empresarial regional, onde se inscreve, igualmente, a formação profissional, inclusive, com alguns ajustamentos entre a procura e oferta de emprego.
Ainda no âmbito dos objectivos estratégicos para a Economia da Região, Rui Barreto elencou, ainda, a internacionalização, no sentido de reforçar as ligações não apenas ao continente português, mas também à Europa e aos países terceiros, em especial aqueles onde temos comunidades madeirenses enraizadas há várias gerações. E isto passa pela actividade do Centro Internacional de Negócios, mas também pela Invest Madeira e pela Startup Madeira.
Outro dos objectivos é a diversificação relacionada, esta última, numa lógica de alargar a oferta, com todas as suas mais valias, como a qualidade de vida, cuidados de saúde, segurança e património ambiental – variáveis inimitáveis –, procurando reforçar segmentos de mercado de maior valor acrescentado e de maior potencial futuro, de que são exemplo o turismo sénior ou de saúde e bem-estar, onde temos uma oferta de excelência, quer no plano público, quer privado.
Para Rui Barreto, esta estratégia poderá ser consolidada através de cinco eixos de intervenção, com acções que considera prioritárias e instrumentos de apoio que promovam, por exemplo, a investigação e o desenvolvimento, reforçando a diversificação da economia.
O segundo eixo, disse, é a atração de investimento e talento, com um apoio inequívoco ao desenvolvimento de acções e mecanismos que promovam a atração de investimento e talento com potencial em áreas consideradas angulares para o desenvolvimento da Madeira e do Porto Santo.
Conforme apontou, o terceiro eixo será a qualificação e a internacionalização, com a dinamização e promoção de mecanismos de suporte e apoio à capacitação das empresas localizadas na Região, quer em matéria de fatores imateriais de competitividade, quer de internacionalização.
O quarto e último eixo é a criação e renovação de competências, com uma aposta clara na formação profissional dos jovens, formação para empresários e atualização contínua de competências dos ativos empregados e desempregados, de que tem sido exemplo o programa “Requalificar +Digital”, desenvolvido pelo Governo Regional, através da Startup Madeira, em articulação com a Universidade da Madeira, cujo papel tem sido determinante neste e em muitos outros projetos de desenvolvimento.
Nesta conferência, para além do secretário regional de Economia, estiveram também presentes Eduardo Cardadeiro, director da Autonom Academy, João Dionísio Sousa, do Grupo Sousa, Pedro Galvão, da SECIL – Grupo SEMAPA, o padre Fernando Gonçalves, diretor-geral da APEL, e José Vieira também membro da direção da escola. Através de videoconferência, participaram ainda Marcos Ferasso da Universidade Autónoma de Lisboa e Fátima Geada, coordenadora científica