Chega o perigo irrelevante
Numa terra que serviu de marco para os nossos heróis e dos feitos dos nossos marinheiros, nós os ilhéus vivemos numa região que não tem sequer uma alternativa aos transportes aéreos, os condicionalismos que isso acarreta e as complicações para nossa deslocação e a nossa economia, com a agravante que neste momento nem o Porto Santo pois terá de ser redescoberto por estar «isolado» com a retirada temporária do serviço marítimo (monopolizado) está suspenso para manutenção e o da conceção da linha aérea ainda em atraso do concurso público por parte do governo da República. Surge um perigo iminente contra a corrupção, o compadrio, a prepotência e a arrogância dum sistema implantado desde 1 de Outubro de 1976 nesta região e que ao que parece o povo habituou-se a viver em liberdade condicionada Pelos Senhores Déspotas . A partir de agora tronar-se-á mais difícil ignorar as realidades deste regime onde à conta da liberdade um grupo de iluminados copiaram o que de mau existia no antigo regime e sequestraram a democracia, legalizaram o roubo e institucionalizaram a corrupção. Mas os cidadãos madeirense começam a sentir a realidade e a despertar de um estado de hipnose que quase convertida em hibernação mental. Ainda um tanto ou quanto escondidos no seu silêncio, os madeirenses começamos a acordar para a realidade e a fazer ouvir o eco da sua voz, na insatisfação, indignação e revolta e abraçando com muita determinação uma causa, o combate ao maior flagelo nacional e regional; a luta contra a corrupção. Chega uma nova maneira de fazer política e uma nova forma de estar em democracia. Dignificar o trabalho e valorizar quem trabalha, reduzir drasticamente a canga que o estado impõe em impostos a quem trabalha, a quem pretende investir, criar postos de trabalho e com isso melhorar as condições de vida do nosso povo para evitar a desintegração das famílias com a sucessiva emigração dos nossos quadros, e fomentar também o aumento da população contribuindo para a recuperação da natalidade e evitando assim também a (necessidade) de recrutar mão de obra de países onde por vezes converte-se em uma nova forma de escravidão do século XXI e que ajuda a desqualificar a nossa principal indústria "O turismo" e a desvirtuar a nossa identidade, cultura e até por vezes tornando-se numa ameaça à nossa segurança. O perigo é realmente iminente no que ao futuro da nossa região diz respeito, e a irrelevância permanente e perpetuado ao longo de quase meio século de indiferença por parte dos sucessivos governos da república com a cumplicidade da política regional implementada ao longo desta amis de 4 décadas, deixa aberta a esperança a mais de 115 mil madeirense (abstencionistas) que indignados, defraudados, desiludidos e incrédulo começam a perpetivar que nasça uma nova luz de esperança, para voltar a acreditar não em promessas vãs, não queremos continuar a enterrar os nossos sonhos mas sim a ignorância, a demagogia e a hipocrisia e com o seu trabalho, empenho, dedicação e fervorosa determinação do povo madeirense eportosantense poderem restaurar a democracia, restituir a liberdade, resgatar os autênticos valores da sociedade e voltar a sonhar que um dia chega uma alternativa.
A. J. Ferreira