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Países árabes e Turquia pedem maior pressão dos EUA para um cessar-fogo

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Foto EPA

Os chefes da diplomacia de cinco países árabes e da Turquia apelaram hoje pessoalmente ao homólogo norte-americano, Antony Blinken, para que pressione mais Israel a aceitar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O apelo foi feito na chamada Cimeira Conjunta Árabe-Islâmica, que decorreu no Qatar com a presença de Blinken, um dia depois de Washington ter vetado uma resolução do Conselho de Segurança sobre um cessar-fogo em Gaza.

Blinken foi convidado a participar na cimeira pelos homólogos do Qatar, Arábia Saudita, Jordânia, Egito, Palestina e Turquia.

Os seis ministros pediram a Blinken um "papel mais alargado" dos Estados Unidos "na pressão sobre a ocupação israelita para que se chegue a um cessar-fogo imediato", segundo a agência espanhola Europa Press.

Também manifestaram desapontamento por o Conselho de Segurança não ter votado, pela segunda vez, uma resolução para um cessar-fogo imediato em Gaza por razões humanitárias, "depois de os Estados Unidos terem usado o poder de veto".

"Os membros do comité ministerial renovaram a posição unificada sobre a rejeição da continuação das operações militares pelas forças de ocupação israelitas na Faixa de Gaza, renovando o apelo à necessidade de um cessar-fogo imediato e abrangente", afirmaram.

Reiteraram ainda o empenho na "criação de um verdadeiro clima político conducente a uma solução de dois Estados e à criação de um Estado palestiniano".

Os Estados Unidos vetaram na sexta-feira uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que apelava para um cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas em Gaza, em guerra desde 07 de outubro.

A resolução resultou de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter invocado pela primeira vez o artigo 99.º da Carta das Nações Unidas.

O artigo em causa permite ao secretário-geral chamar a atenção do Conselho de Segurança para uma questão que pode pôr em perigo a paz e a segurança internacionais.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que matou 1.200 pessoas, segundo as autoridades de Israel.

Os comandos do grupo islamita palestiniano também fizeram 240 reféns, alguns dos quais já foram libertados em troca de palestinianos detidos em Israel.

Os bombardeamentos de retaliação israelitas na Faixa de Gaza, onde o Hamas tomou o poder em 2007, mataram cerca de 17.500 pessoas, de acordo com o grupo islamita.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.