"Acordos ou coligações pós-eleitorais é enganar o cidadão que votou num determinado projecto e ideias"
O Partido ADN - Alternativa Democrática Nacional – veio hoje repudiar "todos os políticos que continuam, deliberadamente, a afastar os cidadãos da vida política, pois essa é a forma que conseguiram arranjar para se perpetuarem no poder e manter a população refém dos interesses de quem se julga acima de tudo e de todos".
Nesse sentido, refere-se especificamente à demissão coletiva ocorrida no Partido PAN Madeira, na passada quarta-feira, dia 6 de Dezembro, "que foi motivada pelo acordo Parlamentar (pós-eleitoral) celebrado com o PSD e o CDS, esperamos que o povo madeirense e porto-santense entenda, agora, aquilo que o ADN defendeu nas últimas eleições Legislativas Regionais, nomeadamente que acordos ou coligações pós-eleitorais é enganar o cidadão que votou num determinado projecto e ideias".
O partido ADN, provavelmente da pior maneira, constatou nas passadas eleições que a nossa forma séria e honesta de estar na política não nos permitiu passar, na totalidade, a nossa mensagem, mas acreditamos que depois deste embuste criado entre o PSD, CDS e PAN, em que se venderam valores e convicções de todos os partidos envolvidos, unicamente para se manterem ou subir na política, as pessoas percebam que foram enganadas por quem elegeram. ADN
E porque o partido ADN também tem como objectivo "moralizar a política", considera urgente mudar a lei eleitoral e obrigar os partidos políticos a cumprir o seu programa político, "sancionando com perda de mandato aqueles que o não fizerem".
É por isso que afirmamos ser de má índole um partido defender e promover a sua ideologia durante a campanha eleitoral, onde se incluiu a proteção da natureza, como por exemplo "uma árvore por cada voto" e agora desvirtuar uma das suas "bandeiras políticas” ao ser cúmplice da implementação de um teleférico no Curral da Freiras, sob o pretexto (também pós-eleitoral) de que a população local é a favor. O embuste que tem sido esta coligação pós-eleitoral e a satisfação propagada pela deputada eleita do PAN, por ter conseguido incluir no Programa de Governo a nefasta e perigosa "ideologia de género", a qual colide de frente com os valores do CDS, já que do PSD não sabemos quais os valores pelos quais ainda se regem, só pode estar ao nível de um episódio da série “Casa de Papel”. ADN
O ADN faz um balanço já da vida política regional: "O que resulta desta coligação na RAM é constatarmos que temos partidos e governos mais interessados em ensinar géneros e sexualidade precoce às crianças e jovens do que as matérias escolares, sendo essa uma das razões pelas quais Portugal foi confrontado com os resultados do “PISA 2022" (estudo da OCDE sobre o desempenho dos alunos de 15 anos), divulgados no dia 5 de dezembro, que nos dão conta de um declínio sem precedentes no desempenho médio dos alunos às disciplinas de matemática, ciências e leitura".
Por outro lado, não podemos esquecer que nestas eleições a abstenção voltou a ser elevada, o que até se poderia justificar pelo facto de os nossos emigrantes terem sido impedidos de exercer o seu poder de voto. Todavia, consideramos injustificado que não se mostre como se anularam 2790 votos, os quais teriam feito toda a diferença nos resultados eleitorais. Pelo que, também é necessário divulgar, para podermos dizer que as eleições são minimamente transparentes, quais os partidos que estavam marcados nesses votos considerados nulos, que na maior parte das vezes o são assim considerados, apenas porque alguém achou que o risco feito pelo eleitor saiu um milímetro do quadrado de voto. ADN
O partido ADN garante que continuará a ser fiel aos seus princípios e jamais se irá vender por lugares no governo ou noutro local, mas diz ter receio que estes "jogos de bastidores, que enganam os eleitores que votam, estejam a ser preparados para manter a mesma 'receita' a nível nacional, nomeadamente nas próximas eleições legislativas de Março 2024".