"Não aceitamos ser abandonados como estamos a ser pelo Governo"
No 113.º aniversário do Nacional, o líder Rui Alves disparou fortes críticas ao Executivo, relembrando que já se passaram quatro anos desde a promessa do Pavilhão e que nenhum passo foi dado nesse sentido
Fundado a 8 de Dezembro de 1910, o Clube Desportivo Nacional completa hoje 113 anos de vida, uma data marcante para esta colectividade centenária e que está a ser assinalada com um programa com várias actividades.
Na já tradicional cerimónia de entrega dos galardões do grupo ‘Os Alvi-negros’, que teve lugar na Praça dos Sócios, no Estádio da Madeira, o presidente Rui Alves fez questão de não deixar passar as promessas feitas e não cumpridas pelo Governo Regional sobre a construção do pavilhão do clube, junto ao Tecnopolo.
Hoje, em 2023, quatro anos depois da promessa devíamos estar a inaugurar o pavilhão Filipe Bezugo. Mas os 80 mil madeirenses que são do Nacional não se esquecem e não perdoarão este sucessivo incumprimento. Não perdoamos que quatro anos depois nenhum passo tenha sido dado para cumprir essa promessa Rui Alves, presidente do Nacional da Madeira
Veja as fotos do 113.º aniversário do Clube Desportivo Nacional
As imagens foram captadas pela objectiva do fotojornalista Hélder Santos da Aspress
Dirigindo-se ao vice-director da Direcção Regional do Desporto, Juan Gonçalves, que estava em representação do Governo Regional, o líder dos alvi-negros foi ainda mais longe quanto aos escassos apoios, sublinhando que o Desporto regional, "que em tempos já foi uma referência nacional", está neste momento a ser "maltratado" e a ser visto como o "patinho feito da política".
"Os clubes sentem-se enganados (...) Não aceitamos ser abandonados como estamos a ser. Para se ter ideia, neste momento o financiamento público ao futebol profissional é metade do que no início do século. E isto nós não aceitamos nem vamos aceitar. Não estamos aqui para ser bonzinhos, mas sim para defender o Nacional", frisou o dirigente madeirense.
Aqueles políticos que abandonam o Desporto e que não cumprem com a palavra têm vida curta. É por isso que os sócios e adeptos do Nacional são o meu exército. Por isso, vão ter que cumprir connosco. Os parceiros não podem ser abandonados e é isso que está a acontecer neste momento na Madeira. Nós vamos para a luta Rui Alves, presidente do Nacional