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Palmeiras de Abel Ferreira vence Brasileirão pela segunda vez consecutiva

Foto DR/SE Palmeiras
Foto DR/SE Palmeiras

O Palmeiras, orientado pelo treinador português Abel Ferreira, revalidou na quarta-feira (madrugada desta quinta-feira em Portugal), na 38.ª e última jornada, o título de campeão brasileiro de futebol, do qual tinha 'desistido' a meio da segunda volta.

Depois de somar a quarta derrota consecutiva na prova, à 27.ª jornada, e 'tombar' para o quinto lugar, a 14 pontos do líder Botafogo, ninguém acreditaria que o 'verdão' ainda poderia chegar ao 'bis', mas aconteceu, contra todos os prognósticos.

A formação paulista nem sequer esteve perfeita nas últimas 11 rondas, sofrendo mesmo uma pesada derrota por 3-0 na visita ao Flamengo, mas os adversários deram tantos 'tiros nos pés' que o Palmeiras foi 'obrigado' a reter o cetro, o 12.º da sua história, para solidificar a liderança no histórico do Brasileirão.

O título chegou na derradeira ronda, mas, na prática, ficou selado na 37.ª e penúltima, que o Palmeiras acabou três pontos à frente de Atlético Mineiro e Flamengo e com oito e 16 golos de vantagem, respetivamente, sobre as duas únicas equipas que também ainda podiam chegar ao título. Foi o Grêmio que acabou em segundo.

O 'onze' de Abel Ferreira acabou ainda assim por não se expor a eventuais 'milagres' alheios, ao empatar (1-1) fora com o Cruzeiro, conquistando um campeonato que começou bem, com quatro vitórias nos primeiros cinco jogos, incluindo um 4-1 ao Grêmio.

Após este início prometedor, o Palmeiras só venceu, no entanto, dois dos próximos nove encontros, acumulando seis empates e duas derrotas, uma delas com o então líder Botafogo, do qual distava 14 pontos, num pobre sexto lugar, após 15 jornadas.

O fecho da primeira volta foi bem melhor, com três triunfos em quatro jogos, o mesmo registo do início da segunda, sendo exceção, entre seis triunfos, um desaire por 2-1 no reduto do Fluminense e um empate a zero na casa do Corinthians.

Após 23 rondas, a formação de São Paulo tinha reduzido para sete pontos a distância para o líder Botafogo, mas seguiram-se nada menos do que quatro derrotas consecutivas, no reduto de Grêmio e Bragantino e na receção a Santos e Atlético Mineiro.

O treinador luso apontou todas as 'baterias' para a Taça Libertadores -- sem evitar a queda nas meias-finais face ao Boca Juniors, nos penáltis - e o resultado foi a queda para o quinto lugar, a 14 pontos do Botafogo, cinco do Bragantino e três do Flamengo, e igualdade pontual com Grêmio e Athletico Paranaense.

A revalidação do título parecia mais do que uma 'miragem', mas, mesmo 'derrotado', o Palmeiras teve de prosseguir a sua caminhada e, depois de três vitórias consecutivas, chegou a uma quarta que foi, sem dúvida, o momento de 'viragem' no campeonato.

Na 31.ª ronda, o Botafogo, que tinha sido de Luís Castro e Bruno Lage e estava agora nas mãos de Lucio Flavio, estava já em 'queda livre', mas, a meio da receção ao Palmeiras, vencia -- e convencia -- por 3-0, parecendo pronto, afinal, para chegar ao título.

O Palmeiras estava, virtualmente, a nove pontos do Botafogo, que ainda tinha um jogo em atraso, mas tudo mudou na segunda parte, numa sensacional reviravolta iniciada por Endrick (49 e 84 minutos) e consumada por José López (89) e Murilo (90+9).

A história do jogo não ficaria completa sem ser referido que, pelo meio, aos 76 minutos, o Botafogo ficou reduzido a 10 e que, aos 83, o ex-portista Tiquinho Soares podia ter feiro o 4-1, num penálti -- ou título - que Weverton deteve.

Este jogo 'apagou' em definitivo o 'Fogão' e relançou o Palmeiras, que ainda perdeu 'feio' com o 'Fla' e empatou em Fortaleza (2-2), mas, também com muita ajuda da 'aselhice' alheia, acabou bicampeão, fruto de oito triunfos em 10 jogos entre as rondas 28 e 37, antes de fechar com um empate suficiente.

O 'menino' Endrick, mais um a caminho do Real Madrid, foi, do 'alto' dos seus 17 anos, a figura cimeira do Palmeiras, pelos seus 11 golos e a importância na parte final da temporada, com destaque para o 'bis' no determinante 4-3 na casa do Botafogo.

O bem mais experiente Raphael Veiga, com nove golos e sete assistências, foi também determinante no sucesso do 'verdão', tal como o guarda-redes Weverton e o central paraguaio Gustavo Gómez, esteios de uma defesa que consentiu 33 golos.