Não querendo fazer qualquer referência alusiva à composição do saudoso Max, mas apenas para despertar de algo que me deixou estupefacto. Como católico e (assíduo) participante nas missas de domingo, causou-me uma decepcionante emoção ao assistir à homilia do passado Domingo transmitida pela RTP-1/Madeira e Internacional celebrada pelo Sr.º Cónego Toni Sousa, desde a Igreja da Paróquia do S.C. de Jesus (Boa Nova). Tratando-se do assunto vigilância, (1.º Domingo do Advento), surgiu um tema verdadeiramente polémico como é o da vida nocturna nas discotecas da região onde segundo ele focava um caso que um seu amigo de visita por cá na região presenciou e os contornos comentados.

Vender estupefacientes a jovens com as consequências nefastas que causam, muitos deles ainda em idade de adolescência, com a suposta cumplicidade do estabelecimento, visto que a segurança do mesmo espaço de (diversão) ter sido alertada pelo senhor em causa, nada fez e a resposta ser: ‘Ho senhor nós sabemos e não se preocupe pode ir embora’.

É decepcionante e dramática a situação a que esta nossa terra chegou, os perigos que os nossos jovens estão expostos, muitas vezes os seus pais e família alheios a tudo isto por razões várias. Será que a sociedade merece semelhante atentado à dignidade humana e a 'justiça' (permite) este crime? Como pai, avô e cristão, preocupa-me que situações destas proliferem livremente numa região que já teve outrora o cognome de «Cantinho do céu»? Parabéns pela coragem no abordar do tema e a imagem que o mundo tomou conhecimento de como se deteriora a cada dia a sociedade duma região que segundo as autoridades governativas, acabou de receber o galardão na 30.ª edição do “World Travel Awards” contemplada com o melhor destino insular do Mundo. Vamos estar vigilantes!

A. J. Ferreira