“Estamos a gastar o dinheiro que temos nas prioridades adequadas?”
António Horta-Osório defende discussão séria na sociedade portuguesa antes das eleições
“Estamos a gastar o dinheiro que temos nas prioridades adequadas?” é a questão que António Horta-Osório, o orador convidado da 34.ª edição das '500 maiores e melhores empresas' quer ver seriamente discutida antes das eleições.
O facto de Portugal apresentar contas públicas equilibradas e ter eleições legislativas antecipadas já agendadas para daqui a três meses, é, na opinião do presidente do conselho de administração da BIAL, o momento certo para uma discussão séria sobre as prioridades do país.
Com o país a apresentar contas públicas equilibradas, “feito muito significativo” e merecedor de ser mais elogiado, o ilustre convidado questionou o crescimento da economia associado ao aumento do rendimento dos trabalhadores, por entender que é assunto que importa ser discutido antes da eleição do futuro governo da República.
A resposta à interrogação que o próprio lançou perante centenas de empresários que marcaram presença no jantar de consagração do tecido empresarial madeirense foi categórica. “Infelizmente esta foi uma oportunidade perdida da economia portuguesa”. A conclusão assenta não só na convicção é possível aumentar salários, mas também no (bom) exemplo da Irlanda.