Vencedora do Prémio +Valor Madeira revela que projecto está a ser trabalhado para ser colocado em prática
Tal como o DIÁRIO já tinha avançado, Beatriz Severes Lopes foi a vencedora da III Edição do Prémio +Valor Madeira, no valor de 5.000 euros, atribuído ao seu trabalho de mestrado denominado 'Desenho de Intervenções Tecnológicas Colaborativas para Gestão de Saúde Mental'. A vencedora referiu que a componente tecnológica do projecto está a ser desenvolvida para que possa estar ao serviço da comunidade.
Beatriz Severes Lopes vence III edição do 'Prémio +Valor Madeira'
Prémio, de carácter anual, reconhece o mérito de trabalhos académicos, bem como artigos científicos publicados em revistas especializadas, que se distingam em áreas de interesse para a Região Autónoma da Madeira
Houve 36 candidaturas ao Prémio + Valor Madeira. O Presidente do Júri, fala de “uma escolha difícil entre um conjunto muito forte de candidaturas, tanto de teses de doutoramento, dissertações de mestrado e artigos científicos”. Joaquim Pinheiro salienta que o número de candidatos espelha bem “a vitalidade do Prémio e a sua pertinência para a Região Autónoma da Madeira.” O docente da Universidade da Madeira desafia quem produz “ciência, conhecimento e saber” a concorrer às próximas edições, porque a partilha só enriquece a comunidade.
Foram atribuídas menções honrosas aos trabalhos de António Maria Janes de Baère, Mestre em Arquitetura, com o trabalho final de mestrado, intitulado “Da Avenida para o mar, porosidades e contactos. Avenida do Mar, lugar polissémico”; e a Joana Daniela Freitas Câmara, com o artigo científico designado “Viabilidade, Aceitabilidade e Impacto Preliminar da Interação Motora Integral no Treino Cognitivo Computorizado Baseado em Actividades Instrumentais de Vida Diária: Um Estudo-Piloto Aleatorizado e Controlado com Pacientes Psiquiátricas Crónicas Internadas”.
Joana Câmara ficou orgulhosa com a distinção e “fala de um trabalho gratificante”. “Tudo o que fazemos em contexto de investigação aplicado à prática clínica é algo que traz benefício às pessoas. Este trabalho contribui para “que as pessoas institucionalizadas com doença psiquiátrica tenham alguma atividade física e treino cognitivo com orientação funcional, de modo a aprimorar um conjunto de competências para a vida diária. Entre elas, confecionar refeições, fazer a gestão financeira, e outras competências indispensáveis para quando as pessoas tiverem alta”. “As novas tecnologias permitem fazer este treino, de forma económica e apelativa”, garantiu a investigadora Joana Câmara.
O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira destacou “a enorme qualidade” e a “inovação” do trabalho vencedor. “Num mundo cada vez mais tecnológico e digitalizado, em que a inteligência artificial ganha uma preponderância acentuada e que desafia a nossa própria forma de pensar, de estar e de viver, é compensador saber, que pese embora todos os riscos, a tecnologia pode estar ao serviço do Homem e pode contribuir para a melhoria da vida das pessoas, e para o seu crescimento, como este trabalho vem demonstrar”, vincou.
José Manuel Rodrigues indicou ainda que “é dever inalienável das instituições da Madeira e das instituições da Autonomia reconhecer os seus melhores talentos, aqueles que com seu trabalho vão contribuindo para o desenvolvimento regional e para a criação da identidade madeirense que tanto nos orgulha”.