As incompreensões da vida

A natureza impressiona pela sua grandeza, dentro de um espaço infinito e inatingível. Oh, Como é tão maravilhoso e encantador observar, numa noite de luar as montanhas todas banhadas de lua… e os rios que correm montanha abaixo, também eles cheios de luminosidade?  E, observo tudo isto, à distância da minha infinita incompreensão.  - Serão imaginações? ilusões? alucinações? - Não! Não são! São realidades incompreensíveis e inexplicáveis. - É a natureza… apenas e só natureza! (cada vez mais sinto-me tão pequeno, tão só e vazio de percepção, perante a grandeza do que vejo – minha imaginação está doente e débil - permanece apenas a obsessão de querer entender o que, aparentemente, não tem entendimento algum?...) - Porque ver não é compreender! Pretendo ir mais além, mas não consigo… - Oh Deus poderoso! Criador do mundo, do espaço, do universo, da vida, do céu, do inferno, de tudo… Só tu me podes ajudar nesta árdua e espinhosa tarefa, dá-me uma dica por favooor!... - Então Deus? - Ainda me estais a ouvir? Abre-me (ao menos) uma janela ao mundo para eu entendê-lo melhor!  - Porque permites tantas guerras entre os seres humanos? E neste momento, o mundo atravessa uma situação dramática e preocupante - é guerra entra a Rússia e a Ucrânia, (que dura há mais de dois anos, sem fim à vista…)  - e mais recentemente entre Israel e o Hamas (grupo armado terrorista) - tão arrasadora e cruel? Que já causou a morte, a milhares e milhares de inocentes! Só tu, com o teu poder divinal, podes pôr cobro… travar estas guerras irracionais, bárbaras e animalescas?!... - Mas, então Deus? - Não me respondes? não me dizes nada?  (Bom… quem sou eu, para te obrigar a responder?) - Pronto, não insisto mais… e ficamos na mesma amigos para sempre! ( ensinaram-me, quando criança, que Deus está em toda a parte e perto de nós)Ouvi esta frase - com muita atenção - mas fiquei sempre com imensas dúvidas e perplexo.  E, ainda hoje, estou com as dúvidas de criança… - Então, se estais perto de mim, porque não me ajudas a desvendar todos estes mistérios? - Oh mocidade, mocidade… período da minha inocência primária – miragem própria do tempo que passa – nostalgia profunda de qualquer ser humano que não volta mais!

Jorge Macedo