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Qatar exige investigação internacional a "crimes em Gaza"

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O primeiro-ministro do Qatar, o xeque Mohamed bin Abdulrahman bin Yasim al-Zani, defendeu hoje a necessidade de uma "investigação internacional imediata, integral e imparcial" aos "crimes em Gaza".

Al-Zani, que também detém a pasta dos Negócios Estrangeiros, indicou igualmente que o Qatar continuará a trabalhar para impulsionar uma nova trégua entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas e alcançar um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, noticiou a televisão qatari Al-Jazira.

O emir do Qatar e irmão do primeiro-ministro, o xeque Tamim bin Hamad al-Zani, apelou repetidas vezes à comunidade internacional para pressionar Israel em relação à ofensiva na Faixa de Gaza e advertiu de que ela poderá provocar uma escalada do conflito na região do Médio Oriente.

O Qatar, juntamente com o Egito, foi essencial nas negociações que permitiram uma semana de trégua, a libertação de 110 reféns israelitas em troca de 240 presos palestinianos e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte daquele território, que está agora a avançar para sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.200 mortos, na maioria civis, e mais de 40.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, confirmado pela ONU, e 1,7 milhões de deslocados, ainda segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.