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Madeira

Familiar do presidente da Protecção Civil “foi excluído do processo de recrutamento”

A garantia foi dada pelo gabinete de Pedro Ramos, na sequência da notícia do DIÁRIO

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A Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil garante que o familiar do presidente do Serviço de Protecção Civil, que concorreu para a vaga de assistente técnico do gabinete de Pedro Ramos, “foi excluído do processo de recrutamento”.

O esclarecimento é prestado na sequência da notícia que faz manchete na edição deste domingo no DIÁRIO, dando conta de suspeitas de favorecimento no concurso de recrutamento. Um parente de António José Nunes foi um dos mais de 500 candidatos ao lugar de assistente técnico do gabinete de Pedro Ramos e o único a obter a pontuação máxima na prova de escrita, estando em posição privilegiada para a vaga proposta.

Suspeitas de favorecimento em concurso de recrutamento

Conheça os destaques do DIÁRIO deste domingo, 3 de Dezembro

Reagindo à notícia, a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil esclarece que “em nenhum momento favoreceu algum candidato em detrimento de outro no âmbito do concurso de recrutamento para uma vaga de assistente técnico, a decorrer”.

"O concurso de recrutamento obedece as regras dos concursos públicos e definiu de forma muito clara e transparente os momentos de avaliação em que os candidatos seriam alvo de avaliação". Adjunta do Gabinete do Secretário Regional de Saúde e Protecção Civil

Revela que o candidato mencionado pelo DIÁRIO, “foi excluído do processo de recrutamento, por não ter marcado presença num dos momentos da avaliação, na entrevista”, acrescentando que “neste momento decorre a conclusão das actas por parte do júri nomeado para o referido concurso seguindo-se a notificação dos candidatos aprovados para o referido concurso”.

A Secretaria dirigida por Pedro Ramos termina garantindo que se rege “pela transparência, ética e diálogo em todos os momentos da sua actividade governativa”.

O “diálogo” por que se rege a tutela do Governo Regional só não se verificou nos pedidos de esclarecimento apresentados pelo DIÁRIO na sequência da polémica que se verifica em torno deste caso.

Conforme lê-se na edição impressa, o DIÁRIO questionou se a tutela sabia da admissão, entre os candidatos, da familiar do presidente do Serviço Regional de Protecção Civil; se havia algum conflito de interesses no caso concreto; e se considerava algum constrangimento ético ou político, embora até pudesse não existir qualquer impedimento legal. Sobre essas matérias, a Secretaria da Saúde não se pronunciou.

Nada foi dito, igualmente, sobre um eventual favorecimento, tendo em conta que o lugar posto a concurso está afecto ao Gabinete do secretário regional, governante que convidou José António Nunes para o cargo de presidente do Serviço Regional de Protecção Civil.

Entretanto, mais de dois meses depois de ter sido realizada a entrevista, ainda não foram divulgados publicamente os respectivos resultados.