Montenegro considera inquérito "excelente oportunidade" para fechar caso da sua habitação
O presidente do PSD considerou hoje que o inquérito do Ministério Público sobre os benefícios fiscais na construção da sua casa em Espinho configuram uma "excelente oportunidade" para encerrar o assunto, reiterando não ter tido qualquer tratamento de favor.
Numa declaração escrita enviada à agência Lusa, Luís Montenegro lembra que, após a denúncia anónima, o Ministério Público era obrigado a abrir um inquérito, afirmando que "em boa hora o faz".
Ministério Público abre inquérito a negócio da casa de Montenegro
O Ministério Público do Porto abriu um inquérito aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho do líder do PSD, Luís Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima.
"Não conheço o teor da denúncia anónima, mas no pressuposto de se relacionar com a fiscalidade associada à construção da minha casa, será uma excelente oportunidade para que esse assunto se encerre definitivamente. Ademais, perante essa denúncia, não poderia o MP não abrir o inquérito", escreve o líder social-democrata.
Montenegro reitera não ter tido qualquer tratamento de favor ou praticado algum ato inadequado.
Não tive nenhum tratamento diferente de qualquer outro cidadão na mesma situação. Não pratiquei nenhum ato ética ou legalmente desadequado. Tenho todo o interesse em que o assunto seja apreciado mas não me deixarei condicionar cívica e politicamente. Luís Montenegro
A terminar, o presidente do PSD afirma que irá continuar "a apresentar aos portugueses a Alternativa ambiciosa de que Portugal precisa".
"Sempre fui, sou e serei um cidadão completamente livre", conclui.
O Ministério Público do Porto abriu um inquérito aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho de Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima.
"Confirma-se a existência de inquérito que teve origem em denúncia anónima", respondeu a Procuradoria-Geral da República (PGR) à agência Lusa após uma notícia avançada pela RTP.
O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, adianta a PGR, e "não tem arguidos" constituídos.