Iniciativa Liberal defende que sejam ouvidos signatários de petições contra nova bomba de gasolina no Caniço
A construção de um novo posto de combustível no Caniço continua a dar que falar, com a Iniciativa Liberal a marcar agora posição, exigindo que sejam ouvidas "as pessoas que se sentem prejudicadas" pelo projecto.
Conforme noticiou, ontem, o DIÁRIO, a implementação da nova bomba de gasolina, no cruzamento entre a Rua da Olaria e a Rua do Aeroporto, motivou um pedido de audição parlamentar ao presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e ao secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, por parte do grupo parlamentar do PSD Madeira.
Esta iniciativa do PSD decorre do facto de ter entrado na ALRAM uma petição, que reuniu 833 assinaturas de cidadãos da zona, que se manifestam contra a construção do posto de abastecimento. Foi ainda criada uma petição on-line, sobre o mesmo assunto, que juntou mais de 150 subscritores.
PSD quer audição para esclarecer construção de bomba de gasolina no Caniço
É na sequência de um abaixo-assinado, que reuniu 833 assinaturas, que o grupo parlamentar do PSD Madeira deu entrada, esta manhã, a um pedido de audição parlamentar ao presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz e ao secretário regional de Equipamentos e Infraestruturas, para esclarecer a implementação de um novo posto de combustível no Caniço.
Num comunicado remetido ao início desta tarde às redacções, os liberais dão conta que, ontem, na reunião da 4.ª Comissão da ALRAM, o deputado da Iniciativa Liberal chamou a atenção para o facto de "a audição ser redutora, uma vez que não eram ouvidos os signatários das petições que levam a que a iniciativa tenha lugar", tendo sido nesse mesmo sentido apresentada uma proposta do BE, do PS e da IL.
"O PSD votou contra o se poder ouvir quem se sente prejudicado. Vai a comissão reunir para ouvir, da boca da Câmara de Santa Cruz e da Secretaria, sobre a legalidade do projecto, e só. Apesar do que o PSD escreve para justificar a audição, não tem interesse nenhum em ouvir os que terão de viver ao lado de uma bomba de gasolina", critica a IL.
Entende, portanto, o partido que "estamos, mais uma vez, perante a possibilidade de estas coisas servirem de arma de arremesso entre o Governo e a Câmara, servindo os cidadãos de meros projécteis".
Na mesma nota, a IL recorda que os signatários da dita petição pública alertam que “a colocação de um posto de combustível nesta zona é um perigo eminente para as habitações próximas, são cerca de 172 habitações, contabilizando 39 casas geminadas a Norte, cerca de 66 apartamentos a Oeste, 62 apartamentos a Este e 6 casas a Sul, para além das habitações são contabilizados tanques de gás perto do sítio de implementação do novo posto de combustível, a Norte, a cerca de 8 metros a Oeste, a 5 e a 40 metros o que torna ainda mais perigoso a sua construção neste local. (…) Existem casas a menos de 5 metros da zona onde é perspectivada a implementação deste empreendimento. (…) Esta zona habitacional não carece de um posto de combustível, atendendo inclusive, que tem já um posto da Galp a 600 metros”.