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Madeira

Chega quer Estado a assumir reforma nos Transportes na Região

Projecto de lei, que pretende chegar ao parlamento nacional, inclui, entre outros, o pagamento de taxa fixa nas viagens aéreas e a recuperação da ligação 'ferry' ao continente

Foto DR/Chega
Foto DR/Chega

A representação do partido Chega na Assembleia Legislativa da Madeira deu entrada a "um projecto de proposta de lei à Assembleia da República que defende uma reforma de fundo no que concerne as obrigações do Estado no transporte de carga e passageiros de, e para, a Região Autónoma da Madeira. A dita iniciativa, que emana de um dos compromissos eleitorais assumidos pelo partido, prevê, entre outras medidas, que os passageiros residentes e estudantes paguem apenas o valor fixo das passagens aéreas entre a Madeira e o continente e que o Estado garanta, para qualquer das ilhas habitadas da Região, o transporte marítimo frequente de passageiros e mercadorias", refere uma nota divulgada esta manhã.     

Assim, na proposta de lei, o Chega aponta que "é tarefa fundamental do Estado a promoção e o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional, tendo em conta o carácter ultraperiférico do arquipélago da Madeira", cita, "o que, na opinião do partido, exige que o Estado corrija as desigualdades derivadas das insularidades e incentivem a população da Região", acrescenta, continuando que "a progressivamente integrarem espaços económicos mais vastos, quer no âmbito nacional, quer no âmbito internacional".

O Chega aponta "dez obrigações do Estado no transporte de pessoas e mercadorias de, e para, a Região" na proposta, entre as quais "a fixação tarifária para as ligações aéreas e marítimas entre o Porto Santo e a Madeira, a abertura de um procedimento de concessão do transporte marítimo regular de passageiros e carga entre a Madeira e o continente com frequência mínima semanal e o pagamento fixo, no acto de compra, do valor máximo de 86 euros, nas viagens entre a Região e o continente (ou 65 euros, no caso de estudantes) e do valor máximo de 119 euros, nas viagens entre a Madeira e os Açores (ou 89 euros, no caso de estudantes)", exemplificam. 

O presidente do Chega e líder da bancada parlamentar, recorda que "o Estatuto Político-Administrativo da Madeira veio consagrar o princípio da continuidade territorial e enfatizou a urgente necessidade de corrigir as desigualdades estruturais geradas pelo afastamento e pela insularidade, não só visando a plena consagração dos direitos de cidadania da população, mas também vinculando o Estado ao seu cumprimento, de acordo com as suas obrigações constitucionais", frisa Miguel Castro.

"Fiel a esse espírito", salienta o Chega, garante que Miguel Castro "espera que os partidos e representações com assento parlamentar respondam positivamente à proposta do Chega, dando a Lisboa o claro sinal de que o Estado tem de reconhecer os desafios da insularidade e desenvolver ferramentas mais actualizadas para os combater". Por isso, para o líder do Chega, "a aprovação desta medida pelo parlamento regional representaria, sem dúvida, uma clara determinação da população madeirense para que o assunto dos transportes aéreos e marítimos não seja protelado e para que seja consagrada a manifesta urgência em ultrapassar as actuais condições dos transportes aéreos e marítimos, que são penalizadoras para os cidadãos da Região", conclui.