Irão executa quatro pessoas por colaborarem com Israel
O Irão executou hoje quatro pessoas condenadas por colaborarem com Israel, na província do Azerbaijão Ocidental, no noroeste do país, informou a agência de notícias da autoridade judicial.
"Quatro membros de um grupo de sabotagem ligado ao regime sionista [Israel] foram enforcados esta manhã", afirmou o Mizan Online.
Os executados, três homens, Vafa Hanareh, Aram Omari e Rahman Parhazo, e uma mulher, Nasim Namazi, foram considerados culpados de "guerra contra Deus", "corrupção na terra" e "colaboração com o regime sionista".
A mesma fonte indicou que o grupo foi também acusado de ter "realizado ações em grande escala contra a segurança do país sob a direção da Mossad", a agência de espionagem israelita.
Nos últimos anos, o Irão deteve e condenou vários alegados agentes que trabalhavam, de acordo com as autoridades, para os serviços secretos de países estrangeiros, nomeadamente Israel.
Em 16 de dezembro, um homem descrito como "espião do regime sionista" foi executado por colaborar com a Mossad.
Em dezembro de 2022, quatro homens foram enforcados com base em acusações semelhantes. No passado, a República Islâmica acusou Israel de sabotar algumas das instalações nucleares iranianas e de assassinar vários cientistas.
O Irão não reconhece Israel e os dois países estão há muito tempo de costas voltadas.
Teerão executa mais pessoas por ano do que qualquer outro país, com exceção da China, de acordo com organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional.
Mais de 600 pessoas foram executadas no país até ao final de outubro, o número mais elevado dos últimos oito anos, indica uma contagem do grupo de defesa dos direitos humanos Iran Human Rights (IHR), sediado na Noruega.
As execuções são geralmente efetuadas por enforcamento.