Bandeiras da UE a meia haste em frente à Comissão e ao Conselho
As bandeiras da União Europeia (UE) em frente à sede da Comissão Europeia e do Conselho, em Bruxelas, estão hoje a meia haste para homenagear o antigo presidente do executivo comunitário Jacques Delors, que morreu na quarta-feira.
"Honramos a memória do nosso antigo presidente da Comissão, Jacques Delors. O arquiteto do relançamento do projeto europeu e da criação do que se tornou a nossa União Europeia", escreveu a atual líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
Na mensagem, partilhada juntamente com fotografia e vídeo das bandeiras a meia haste em frente ao edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia, a responsável recordou as palavras de Delors "para reforçar a nossa Europa face às convulsões da História".
"É esse o espírito de Delors", adiantou Ursula von der Leyen.
Também através do X, o Conselho da UE indicou que as bandeiras da União em frente ao edifício-sede, em Bruxelas, estão também "a meia haste em memória de Jacques Delors, um grande arquiteto da União Europeia".
Delors morreu na quarta-feira em Paris, aos 98 anos, informou a sua filha Martine Aubry à agência France Presse.
"Morreu esta manhã [quarta-feira] na sua casa em Paris, enquanto dormia", afirmou Martine Aubry, presidente socialista da câmara municipal de Lille.
Figura da construção do projeto europeu e considerado o "pai do euro", Jacques Delors foi presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995 (durante três mandatos).
No seio da UE, ficou conhecido por ter aprovado o Ato Único Europeu, em 1986, que levou à criação do Mercado Único, o primeiro do género ao nível mundial, em 1993.
Foi protagonista na transformação da Comunidade Europeia em União Europeia, o que permitiu uma transição para a moeda única (o euro) e para uma maior cooperação ao nível da defesa.
Nome incontornável da esquerda francesa, foi ainda ministro francês das Finanças e eurodeputado.
Jacques Delors frustrou as esperanças desta ala partidária ao recusar apresentar-se às eleições presidenciais de 1995 em França. Na altura, era favorito nas sondagens.