Governo atribui bolsas de mérito a 17 alunos colocados no Ensino Superior
Albuquerque destaca que estudantes madeirenses aproximaram-se das médias dos alunos da OCDE, segundo o Programa de Avaliação Internacional dos Alunos – PISA 2022
Foram 17 os alunos do Ensino Secundário agraciados, hoje, com uma bolsa de mérito, atribuída pelo Governo Regional aos três estudantes com melhores notas de candidatura, que entraram este ano para o Ensino Superior.
“Estas bolsas são o resultado do trabalho de cada um de vós, da auto-disciplina, do esforço, da determinação, da dedicação e, sobretudo, da motivação que ao longo da vossa carreira estudantil têm tido para alcançar objectivos concretos”, destacou Miguel Albuquerque, na cerimónia de entrega dos prémios, que decorreu esta manhã no salão nobre do Edifício do Governo Regional.
Nesta que é a terceira edição destas bolsas de mérito, o presidente do executivo madeirense considerou também que a meritocracia "é um valor essencial para o crescimento das nossas sociedades", em oposição ao “igualitarismo”, que “quer nivelar tudo por baixo” em função de matrizes ideológicas. "Isso é mau porque leva à estagnação", vincou.
Acho que é importante nós estarmos aqui a garantir que o vosso esforço, a vossa dedicação e o vosso trabalho é reconhecido Miguel Albuquerque
O governante realçou ainda que, segundo os resultados do Programa de Avaliação Internacional dos Alunos – PISA 2022, “os estudantes madeirenses aproximaram-se e até superaram as médias dos alunos da OCDE”. "Nós também ultrapassamos a média nacional, ultrapassamos de longe a média dos Açores e aproximamo-nos dos resultados de países que têm sistemas educativos de excelência, como a Finlândia e a Dinamarca, como a Alemanha ou a Suécia", complementou.
Para Miguel Albuquerque estes indicadores colocam a Região “no bom caminho” para que os jovens insulares tenham uma "educação excepcional" e o sistema de ensino regional possa estar “entre os melhores do mundo”.
Refira-se que estas bolsas de mérito são atribuídas aos 1º, 2º e 3º classificados de cada curso do ensino secundário (Ciências e Tecnologias; Saúde; Engenharia e Tecnologias; Ciências Socioeconómicas; Artes Visuais; Línguas e Humanidades e Cursos das Vias Profissionalizantes), com uma classificação de candidatura igual ou superior a 180 pontos (18 valores).
Este ano, "a novidade" prende-se com o facto de, no caso das Ciências e Tecnologias, existir uma subdivisão em duas áreas de cursos superiores.
"Dividimos o curso de Ciências e Tecnologias em estudantes colocados na área da Saúde e na Área das Engenharias e Tecnologias, porque quase sempre os prémios para o curso de Ciências e Tecnologias iam exclusivamente para os estudantes colocados em Engenharias. Aqueles colocados, sobretudo em Medicina, ficavam arredados dessa possibilidade, embora também tivessem excelentes classificações", explicou o director do Gabinete do Ensino Superior João Costa e Silva, lembrando que estes estudantes têm de fazer obrigatoriamente três exames nacionais, enquanto os colocados em engenharia fazem apenas dois.
João Costa e Silva recordou também que o Governo Regional reconhece o mérito dos seus estudantes através da atribuição de vários tipos de bolsas de estudo: a bolsa "normal", que é atribuída a quem estuda fora da Região, em função dos rendimentos do agregado familiar e é independente das classificações; a bolsa de estudos local, para os que frequentam o ensino superior em estabelecimentos da Região; a bolsa artística para aqueles estudantes que estão nas universidades estrangeiras de renome internacional e, finalmente, a esta bolsa de mérito, que visa premiar os estudantes com melhores resultados.
As bolsas hoje atribuídas têm os valores de 1.000,00€ (1.º prémio), 750,00€ (2.º prémio) e 500,00€ (3.º prémio) e só podem ser atribuídas uma única vez a cada estudante.