PPM foi excluído da Aliança Democrática por recusar lugares não elegíveis
O PPM diz que foi excluído da constituição da Aliança Democrática por parte do PSD e do CDS-PP, porque aqueles partidos exigiram que os candidatos propostos ocupassem lugares não elegíveis à Assembleia da República.
Tendo em conta a notícia da constituição de uma coligação pré-eleitoral, com a designação de Aliança Democrática, por parte do PSD e do CDS-PP, para as próximas eleições legislativas nacionais, o PPM esclarece que foi convidado a integrar a coligação, na condição de que os candidatos propostos integrassem lugares não elegíveis.
“Naturalmente, o PPM, como qualquer outro partido que participa em eleições no quadro da nossa democracia representativa, tem como objectivo eleger os seus candidatos para integrarem os órgãos a que se candidatam. No caso em apreço, a Assembleia da República”, sustenta o partido.
O Presidente do Conselho Nacional do PPM, João Travassos, considera, assim, que as condições que propostas foram interpretadas pelos militantes do partido “como tendo um carácter humilhante para um partido que completa 50 anos de História no próximo ano, que já integrou o Governo da República e a Assembleia da República (entre 1979 e 1983) e integra hoje o Governo Regional dos Açores e o Parlamento dos Açores”.
O PPM recusou assim integrar a lista com aquelas condições. “Entre a notoriedade política que nos daria a integração na nova AD e a desonra de participar nas condições descritas, escolhemos a defesa da honra e da dignidade da nossa instituição”, sustenta.
“Como é evidente, estamos conscientes da nossa reduzida expressão eleitoral na actualidade, mas isso não impede que o partido tenha como máxima ambição regressar à Assembleia da República e é com esse propósito que concorremos a todas as eleições legislativas nacionais. O próximo ato eleitoral não será uma exceção nesse âmbito. Jamais desistiremos”, sublinhou João Travassos na nota de imprensa.