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Explicador Madeira

A origem da designação Missa do Galo

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Em todo o mundo católico, realiza-se à meia-noite do dia 25 de Dezembro uma missa de celebração do nascimento de Jesus Cristo. Nos países de língua espanhola ou portuguesa, esta cerimónia recebeu a designação de Missa do Galo.

A origem deste nome, segundo descreve a Agência Ecclesia, remonta ao século V. Terá sido o Papa Sisto III, por ocasião da reconstrução da basílica liberiana no Esquilino (Santa Maria Maior), depois do Concílio de Éfeso, em 431, quem instituiu uma missa ‘in galli cantu’ (ao cantar do galo), que corresponderia à meia-noite e ao início de um novo dia.

Há outras explicações mais profanas para a designação. Uma lenda diz que à meia-noite do dia 24 de Dezembro escutou-se um galo a cantar de forma tão forte como nenhum outro, o que corresponderia ao anúncio da chegada do filho de Deus. Outra lenda espanhola diz que antes de baterem as 12 badaladas da meia-noite de 24 de Dezembro, cada agricultor de Toledo, em Espanha, matava um galo, em memória daquele que cantou quando S. Pedro negou Jesus três vezes, por ocasião da sua morte. Nalgumas aldeias espanholas era tradição levar o galo para a Igreja para este cantar durante a missa, o que seria prenúncio de boa colheita. A expressão poderia ainda advir do facto de a Missa de Natal terminar muito tarde, quando os galos já cantavam.

Mais segura, contudo, é a explicação que aponta para o papado de Sisto III. A Agência Ecclesia explica que, liturgicamente, a solenidade do nascimento de Jesus Cristo é caracterizada por três missas: a da Meia-Noite (‘in galli cantu’), que remontará ao século V; a da Aurora (‘in aurora’), originariamente em honra de Santa Anastácia, que tinha um culto celebrado com solenidade em Roma no século VI e, na liturgia actual, conserva ainda uma oração de comemoração; e a Missa do Dia de Natal (‘in die’), a que primeiro foi instituída, no séc. IV.