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Marcelo deseja Costa no Conselho Europeu

Seria uma forma de “fazer o que faz bem”, entende o Presidente

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O Presidente da República desejou hoje que o primeiro-ministro “estivesse em condições de ter um lugar na Europa” como presidente do Conselho Europeu, dizendo que seria uma forma de António Costa “fazer o que faz bem”.

“Eu, por exemplo, desejaria que o primeiro-ministro estivesse em condições de ter um lugar na Europa, como presidente do Conselho Europeu”, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, no Barreiro, distrito de Setúbal.

Para o chefe de Estado, esta seria uma forma de António Costa – que se demitiu no passado dia 07 de novembro – “realmente fazer o que faz bem, o que gosta de fazer e que lhe permitiu ter um prestígio grande em termos europeus ao longo destes oito anos em que já é talvez o primeiro-ministro mais antigo da Europa”.

Questionado sobre se sabe se o primeiro-ministro demissionário tem essa vontade, Marcelo respondeu: “Não sei se ele tem vontade, mas é natural que a tenha porque na Europa as várias famílias políticas acham natural que ele a tenha”, disse.

Marcelo diz que está a acompanhar “momento muito difícil” no Global Media Group

O Presidente da República afirmou hoje que tem acompanhado, através da sua Casa Civil, o “momento muito difícil” do Global Media Group (GMG), detentora de “grandes títulos” como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF.

“Eu tenho acompanhado também. Tem sido a Casa Civil que tem vindo a acompanhar o que se passa”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas, no Barreiro, distrito de Setúbal.

O chefe de Estado adiantou ainda que no sábado abordou esse assunto com o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

“Ainda ontem [sábado] estive com o senhor ministro da Cultura que me disse que ia haver audições na Assembleia da República pedidas pelos deputados e que ele próprio está a acompanhar a situação”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República afirmou também que se trata de um “momento que aparentemente é muito difícil na vida de um grupo muito prestigiado com grandes títulos”, dando os exemplos do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias e da TSF.

“É sintomático que a Assembleia da República, que está com muito trabalho, tenha conseguido encontrar tempo e espaço para poder receber os jornalistas e tratar desse assunto”, disse.

No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

A Administração do GMG abriu um programa de rescisões por mútuo acordo, para trabalhadores até 61 anos, com contrato sem termo, sendo que as compensações serão divididas por 18 meses, segundo um comunicado interno, divulgado em 11 de dezembro.

Na semana passada, as direções do Jornal de Notícias, TSF, O Jogo e do Dinheiro Vivo apresentaram demissão, na sequência deste processo de reestruturação.