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Há duas greves na véspera de Natal em Portugal

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Foto Shutterstock

Hoje é véspera de Natal e há duas greves em Portugal, uma de trabalhadores do comércio e outra nas empresas de distribuição.

Este é já o terceiro ano consecutivo que os sindicatos dos trabalhadores do comércio convocaram greves para véspera de Natal, dia de compras de última hora. O motivo continua a ser o mesmo: aumentos salariais.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), filiado na CGTP, pede um "aumento geral dos salários" e defende o "encerramento do comércio aos domingos e feriados". Para hoje de manhã está prevista uma conferência de imprensa do sindicato, junto a um supermercado no centro de Lisboa.

A mesma reivindicação é feita pelo Sitese - Sindicato dos Trabalhadores do Sector de Serviços, filiado na UGT, para os trabalhadores das empresas de distribuição, hoje no segundo dia de greve.

Sindicato e associação patronal tiveram versões completamente opostas sobre o primeiro dia de greve.

O Sitese reclamou uma "forte adesão", mas a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) alegou que não se registou "nenhuma perturbação" nas lojas.

Segundo o sindicato, a adesão dos trabalhadores no Grande Porto foi forte, "superior à que se verifica por todo o país", disse à agência Lusa o presidente do Sitese, Pedro Lopes, antecipando que hoje a paralisação terá "impacto ao nível das equipas de trabalho".

A APED alegou que os seus associados "não registaram, até ao momento, nenhuma perturbação no normal funcionamento". O Sitese contrapõs que a greve "não pretende atingir o consumidor final, mas sim forçar os empregadores a mudarem a sua política salarial", num setor com "salários e níveis de qualidade de vida muito baixos".

Hoje, também é notícia:

O Presidente da República vai hoje cumprir a tradição, que inaugurou em 2016, de ir beber uma ginjinha ao Barreiro na véspera de Natal.

Em 2016, Marcelo juntou-se à tradição dos barreirenses de irem beber uma ginjinha antes da consoada. São às centenas e não faltaram as famosas 'selfies', nesse ano e nos anos seguintes.

Um ano depois, o Presidente prometeu que se estivesse "vivo e de boa saúde" voltaria nos próximos anos, "em 2018, 2019 e 2020". E voltou.

Em 2020, a poucas semanas das eleições presidenciais, também esteve no Barreiro, distrito de Setúbal, e voltou a dizer: "Presidente ou não Presidente estou cá para o ano. Eu venho pela ginjinha, não venho por ser Presidente."

O único ano em que não esteve no Barreiro foi em 2021, devido à pandemia de covid-19 e por ter sido operado a duas hérnias. No entanto, um grupo de barreirenses levou o licor para Marcelo beber no Palácio de Belém, em Lisboa.

No ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido por centenas de pessoas. E quando lhe perguntaram se a receção era alguma espécie de sondagem, depois das polémicas em que se envolveu devido aos abusos sexuais na Igreja, mas não abalaram a sua popularidade, Marcelo rejeitou a ideia.

"Uma pessoa não vive em função de sondagens. Às vezes são boas, outras são más. Desta vez são duas muito boas, pode ser que daqui a meio ano sejam más", disse o Presidente, que já se assume como um embaixador da 'ginjinha' do Barreiro.