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Madeira

“É uma tradição nossa”

Centenas já passaram esta manhã pelo Mercado dos Lavradores, no Funchal, para ver, comprar e sentir o espírito da 'Festa', que o DIÁRIO e a TSF estão a acompanhar de perto

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Catarina foi com a mãe à Missa do Parto, na Sé, e aproveitou para fazer as compras de última hora e "visitar o Mercado, claro!"

“Estamos a comprar as verduras que são tradicionais na época natalícia, que são as cabrinhas que pomos normalmente à volta dos presépios e o Alegra-campo”, refere a alegre Catarina. Uma das muitas pessoas que passaram, esta manhã, pelo Mercado dos Lavradores do Funchal, que mais logo recebe um dos eventos mais marcantes desta quadra na Madeira.

“É uma tradição nossa” é a expressão mais repetida por Catarina, que “foi com a mãe à última Missa do Parto, na Sé, e aproveitou para fazer as compras de última hora e "visitar o Mercado, claro!"

Além das “verduras” para enfeitar a casa, veio também comprar os últimos ingredientes para a consoada. “Porquê no Mercado?”, perguntamos. “O que é regional é bom”, responde.

“Estamos a tratar dos últimos retoques que precisamos para ter uma ceia em grande. Portanto, couves, que não podem faltar na ceia; as tangerinas, que também são uma tradição nossa e os pêros pequeninos, que costumamos chamar os pêros da serra. Porque também é tradição pormos a fruta no presépio, que significa trazer muita abundância e muita comida, para que nunca falte nada”, explica.

Mais tarde, regressará para viver uma das noites mais longas da ‘Festa’.

“Claro, não pode faltar! Vimos comer a sandes de carne de vinha d’alhos e o cacau, entre outras coisas, porque nós temos muitas coisas boas na Madeira para podermos aproveitar. As festividades, ao longo dessas ruas, está tudo muito bonito. Nota-se que depois da covid e dessas coisas todas as pessoas já tinham saudades de se divertir e de conviver na rua”, sublinha.

“Está mesmo a cheirar à época natalícia”, acrescenta.

Conceição, de 75 anos, já não está para essas andanças, mas também acompanha a tradição. “Ai, já não tenho idade para esta confusão! Mas vejo na televisão”, assegura.

Agora, na manhã de 23, já é costume vir ao Mercado. “E também costumo vir cá durante o ano ao Mercado, à sexta-feira”, complementa.

À pergunta “o que o distingue das outras superfícies comerciais?”, éa frescura”, garante.

Esta é uma festa com um pendor muito regional, mas pelo Mercado dos Lavradores e ruas circundantes – onde este ano estão instalados 57 espaços comerciais – passam também milhares de turistas.

Vídeo ilustra manhã já movimentada no exterior e interior dos 'Lavradores' neste dia da Noite do Mercado

A emissão especial da rádio TSF (100FM) e DIÁRIO já arrancou junto ao Mercado e propõe muita animação até à noite

Falámos com Kate, que é natural da Ucrânia. Ouvimos falar [da Noite do Mercado] e vamos voltar à noite. Esta a minha primeira visita à Madeira e estou a pensar voltar logo à noite para me divertir com os meus amigos”, diz-nos.

Para já, estava “só a experimentar” alguns dos sabores mais típicos da ilha, que vive e sente intensamente o Natal.

Este ano são 16 horas de animação, num evento organizado pela Câmara Municipal do Funchal, em parceria com a Empresa de Cervejas da Madeira e o DIÁRIO de Notícias, que está hoje junto ao Mercado dos Lavradores para uma emissão especial da rádio TSF (100FM).

Percorra a galeria e veja como se vive este dia da Noite do Mercado, no Funchal, pela lente do nosso fotojornalista Miguel Espada: