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EUA contam com mais de 20 países em missão para combater Huthis

Imagem de vídeo feito pelos rebeldes iemenitas que atacaram, por ar, um cargueiro no Mar Vermelho há algumas semanas.   Foto printscreen
Imagem de vídeo feito pelos rebeldes iemenitas que atacaram, por ar, um cargueiro no Mar Vermelho há algumas semanas.   Foto printscreen

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse na quinta-feira que mais de 20 países vão participar numa nova missão internacional para combater os ataques dos rebeldes iemenitas Huthis contra navios no Mar Vermelho.

"Os resultados têm sido sólidos: até à data, mais de 20 países comprometeram-se a participar. Nos próximos dias, os Estados Unidos continuarão a consultar de perto os nossos aliados e parceiros que partilham o princípio fundamental da liberdade de navegação, e esperamos que a coligação continue a crescer", afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, durante uma conferência de imprensa.

O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciou na terça-feira o estabelecimento da Operação Prosperity Guardian, com a participação do Reino Unido, Barém, Canadá, França, Itália, Países Baixos, Noruega, Seicheles e Espanha.

A missão Prosperity Guardian será coordenada pelas Forças Marítimas Combinadas (CMF, na sigla em inglês), que inclui um grupo de trabalho, o CTF 153, criado em Abril de 2022 para melhorar a segurança marítima no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb.

As CMF são compostas por 39 países, incluindo Portugal.

"É muito importante compreender que os Huthis não estão a atacar apenas um país, estão a atacar a comunidade internacional. Estão a atacar o bem-estar económico e a prosperidade das nações de todo o mundo. Portanto, na realidade, eles tornam-se bandidos ao longo da rota internacional que é o Mar Vermelho", disse Pat Ryder.

Os países da coligação poderão contribuir "da forma que considerarem mais adequada", fornecendo, por exemplo, navios, aviões, pessoal militar ou outro tipo de apoio, acrescentou o porta-voz do Pentágono.

Ryder sublinhou que se trata de "uma coligação defensiva destinada a garantir a segurança da navegação" e que irá patrulhar o Mar Vermelho e o Golfo de Aden para prestar assistência aos navios comerciais que necessitem.

"Os Huthis têm de parar estes ataques e têm de os parar agora (...) Têm de se perguntar a si próprios se se excederam ao enfrentar toda a comunidade internacional e ao ter um impacto negativo em milhares de milhões de dólares no comércio global", concluiu o porta-voz.

O movimento rebelde Huthi pertence ao chamado "eixo de resistência", juntamente com o Irão, a Síria e os grupos xiita libanês Hezbollah e o palestiniano Hamas.

Após a eclosão da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, os Huthis lançaram vários disparos de mísseis e 'drones' contra o sul de Israel e também contra navios que arvoram a bandeira israelita ou que sejam propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al-Mandeb.

Esta semana, as principais companhias de navegação, como a chinesa Cosco, a sua subsidiária OOCL e a taiwanesa Evergreen, suspenderam temporariamente o transporte de carga na rota do Mar Vermelho - uma das principais rotas marítimas do mundo que liga a Europa, a Ásia e a África - juntando-se a empresas como a Maersk e a Hapag-Lloyd.