Os elogios que vêm de fora
A 4 de Dezembro foi o bastonário dos farmacêuticos, a sete de Dezembro a presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens. Ambos independentes do poder regional e sem quaisquer vínculos à Região. Ambos vindos de organismos diferentes, sem ligações entre os mesmos. Mas, unânimes nos elogios à forma como a Região vem trabalhando em duas áreas muito sensíveis, como são a Saúde e a Protecção de Crianças e Jovens.
Presentes em eventos que decorreram na Região, primeiro foi, após visita aos serviços de farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, elogiar o nível superior (palavras que utilizou) do acesso ao medicamento e da gestão dos recursos a ele associados que estão implementados no serviço público de saúde da Madeira.
Aliás, Hélder Mota Filipe ainda foi mais longe e defendeu que esta forma de trabalhar deveria ser replicada a nível nacional.
Sintomáticas foram ainda as suas declarações, frisando que a falta de medicamentos é um problema que vai além da Madeira e deixando claro que sempre vão haver rupturas, devido a problemas na produção ou pela falta de matérias-primas.
Ou seja, para que não restem dúvidas, e corroborando o que vem sendo afirmado, à exaustão, pelo SESARAM, a falta de medicamentos é responsabilidade dos laboratórios e da falta de matéria-prima. E está a acontecer em todo o mundo.
Também para que não restem dúvidas, o bastonário defende que o sistema madeirense, na área da Farmácia e do Medicamento, deveria ser estendido a todo o País!
A sete de Dezembro, Rosário Farmhouse, durante o Encontro Regional das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Madeira, veio enaltecer o trabalho de todas as CPCJ da Região, afirmando que as 11 são «um bom exemplo para as comissões do território nacional no cumprimento que fazem da Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo».
E lamentou que, ao contrário do que aqui se passa, «há muitas zonas no continente onde algumas instituições não estão bem representadas, não cumprem os tempos, não reconhecem o papel e a importância das CPCJ».
Duas pessoas diferentes, duas áreas fundamentais, dois elogios que demonstram bem a forma como se está a trabalhar bem na Região. E tão bem que até ambos querem que o exemplo da Madeira seja transportado para o nível nacional.
Enfim, faz-se justiça ao que se vem fazendo na Região.
Pena é que na Madeira não se faça a mesma justiça e se persista em críticas soezes e injustificadas. Sem lucidez e argumentação para além da injúria. E sem a honestidade de vir dizer que muita coisa, mas mesmo muita coisa, se faz bem na área da saúde. E que as coisas que aqui acontecem, decorrem também, e em maior número e maior gravidade, a nível nacional e europeu.
Então, basta termos menos problemas para estar tudo bem?! Não, claro que não. E é nesse sentido que os departamentos do Governo Regional vêm trabalhando, procurando a excelência no serviço, apetrechando as unidades dos melhores equipamentos e dotando os profissionais das melhores condições de trabalho. Para que o serviço a prestar a cada Madeirense e Porto-santense seja o melhor.
O anormal não é que as pessoas se queixem de um ou outro problema, o grave é que os partidos se aproveitem de problemas dos outros para fazer uma política cega, demagoga e mesquinha.
Ângelo Silva