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Madeira

Balão panorâmico na baía do Funchal ‘perdia gás’ há 18 anos

Consulte connosco a edição de 21 de Dezembro de 2005

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Prometia ser um grande investimento e uma notável atração para a cidade do Funchal, mas passados 18 meses de iniciar o seu funcionamento, o balão panorâmico perdia o seu gás, com as receitas a decaírem.

Este era um investimento preferencialmente dirigido aos turistas que chegavam à Região nos navios de cruzeiros, tendo a oportunidade de ter uma visão panorâmica da cidade. No entanto, Pedro Calado, que em 2005 era vereador da Câmara Municipal do Funchal, assumia que a venda de bilhetes havia decaído bastante, o que se reflectia no valor que era entregue pela empresa à autarquia, e que correspondia a 30% do valor arrecadado na bilheteira e bar.

Em 18 meses de actividade, o valor global das receitas era de 580 mil euros. Os números indicavam que, devido às condições climatéricas, durante os meses de Inverno o balão laborava muito poucos dias, pelo que isso se reflectia nas receitas. Curiosamente, é durante esses meses que se regista maior afluência de navios no Porto do Funchal.

 Por seu lado, a Baloonvision, a empresa responsável pela exploração do balão panorâmico, acreditava na rentabilidade do investimento. Contactado um dos sócios, Luís Camacho (Grupo Camacho), o próprio reconhece que “não foi um ano bom, em termos de clima, uma vez que os ventos sopraram, por vezes, de forma desfavorável, mas a operação é rentável”. No entanto, admitia que ao longo do primeiro ano não se previa que as condições climatéricas fossem assim tão más que não possibilitassem a realização de viagens.