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Assembleia Legislativa Madeira

Deputados lembram que presidente elogiado pelo Chega defende venda de órgãos humanos e de crianças

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O voto de congratulação do Chega ao novo presidente da Argentina suscitou dois tipos de reacções no parlamento madeirense, com um grupo de partidos (BE, PCP, IL e PAN) a denunciarem algumas propostas “aberrantes” de Javier Milei e outro grupo (PSD, CDS e PS) a sublinhar o seu respeito pela opção do povo argentino.

Roberto Almada (BE), Nuno Morna (IL) e Mónica Freitas (PAN) lembraram que Milei já defendeu a venda de órgãos humanos. O primeiro lembrou outras propostas radicais, como a dolarização da economia, a privatização da segurança social, o fim dos ministérios da educação, saúde, cultura, desenvolvimento social e infraestruturas, o branqueamento dos crimes das ditaduras sul-americanas, o negacionismo da crise climática, o direito de poluir para as empresas criarem riqueza e a possibilidade de venda de crianças.

Já Ricardo Lume (PCP) afirmou que o voto de congratulação “não surpreende e vem clarificar o posicionamento do Chega e as medidas que pretende implementar na Região”. Destacou ainda que as primeiras medidas do governo de Javier Milei foram pôr fim a todas as obras públicas e acabar com os apoios sociais, pelo que na Argentina “quem está na pobreza vai ficar pior”.

Victor Freitas (PS), Carlos Fernandes (PSD) e Lopes da Fonseca (CDS) fizeram intervenções em que manifestaram respeito pela escolha feita pelo povo argentino.