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Esforços de resgate prosseguem no noroeste da China após sismo que fez 131 mortos

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Os esforços de resgate prosseguem no noroeste da China, onde as temperaturas chegam a descer aos 14 graus negativos, após um terramoto que abalou partes das províncias de Gansu e Qinghai e matou 131 pessoas.

O terramoto de magnitude 6,2, que ocorreu pouco antes da meia-noite de segunda-feira na China, deixou também 734 feridos, danificou estradas e interrompeu o fornecimento de energia e telecomunicações, descreveram as autoridades locais.

Enquanto as equipas de resgate continuam à procura dos desaparecidos em edifícios desmoronados e, pelo menos, num deslizamento de terras, as pessoas que perderam as suas casas passaram uma noite fria de inverno em tendas nos locais de construídos à pressa.

De acordo com uma análise preliminar do Centro da Rede Sísmica da China, o epicentro localizou-se na parte nordeste do planalto tibetano, uma zona sísmica que sofre frequentemente abalos devido à sua proximidade do ponto de fricção das placas tectónicas asiática e indiana nos Himalaias.

As equipas estão a trabalhar em contrarrelógio na busca de sobreviventes, agravada pelas dificuldades de acesso ao terreno acidentado e montanhoso.

Alguns dos serviços básicos afetados começaram a ser restabelecidos: 279 das 314 estações de telecomunicações de Jishisan estão operacionais e 88% dos lares recuperaram o fornecimento de eletricidade, segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.

O terramoto danificou ou provocou o desmoronamento de mais de 155.000 casas e afetou inicialmente os serviços de água, eletricidade, telecomunicações e transportes.

O governo chinês e o ministério da Gestão de Emergências declararam um nível II de resposta à catástrofe, o segundo nível mais elevado, e 200 milhões de yuan (25 milhões de euros) foram alocados para os esforços de socorro e recuperação.

Os primeiros carregamentos de ajuda humanitária, incluindo tendas, camas dobráveis, cobertores e fogões, começaram a chegar à zona afetada.

Foram destacados mais de 1.500 bombeiros, 1.500 polícias e 1.000 soldados do Exército chinês, bem como equipas médicas, incluindo uma equipa de peritos da Comissão Nacional de Saúde.

Horas depois do acontecimento, o Presidente chinês, Xi Jinping, instou as autoridades locais a "envidarem todos os esforços" para tratar os feridos, reparar as infraestruturas e realojar as pessoas afetadas.

Este é o terramoto mais mortífero na China desde o de agosto de 2014 na província de Yunnan (sudoeste), que matou 617 pessoas, mas muito longe do de 2008 na província de Sichuan, que fez pelo menos 70.000 mortos.

Desde 1900, foram registados pelo menos três sismos de magnitude 6 ou superior num raio de 200 quilómetros do epicentro, segundo o Centro da Rede Sísmica, que advertiu que o risco de réplicas de magnitude 5 ou superior se vai manter na zona nos próximos dias.