ONU Mulheres alarmada com "numerosas denúncias" de violência sexual pelo Hamas
A ONU Mulheres disse estar alarmada com as "numerosas denúncias" de violência sexual nos ataques do Hamas contra Israel a 07 de outubro e apoia a realização de uma comissão de inquérito aqueles crimes, avança hoje a Efe.
Segundo a agência de notícias espanhola, a ONU Mulheres, em comunicado, na sexta-feira, condenou os ataques do Hamas de 07 de outubro e lamentou o recomeço das operações militares israelitas e palestinianas na Faixa de Gaza e apelou a uma "vida livre de violência" para as mulheres israelitas e palestinianas.
Criada em 2010, a ONU Mulheres é a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e o Empoderamento das Mulheres tem sido acusada por Israel de se aliar sistematicamente ao Hamas, acusação que Israel também estendeu ao Conselho de Segurança da ONU e à UNICEF.
"Estamos alarmados com os numerosos relatos de atrocidades baseadas no género e de violência sexual durante estes ataques", cita a Efe.
Aquela agência da ONU deixou o apelo a que "todos os relatos de violência baseada no género sejam devidamente investigados e processados, com os direitos da vítima no centro".
A ONU Mulheres acrescentou que está a apoiar ativamente a Comissão de Inquérito nos Territórios Palestinianos Ocupados e em Israel, sendo que os israelitas começaram a investigar a violência sexual pouco depois dos ataques do Hamas e permitiram, recentemente, a apresentação de informações sobre os crimes cometidos desde 07 de outubro.
De acordo com o site da comissão internacional independente da ONU, refere a Efe, a investigação "está a dedicar especial atenção às alegações de crimes baseados no género, com ênfase no assassinato e tomada de reféns, violação e outras formas de violência sexual".
"Continuamos a apelar à responsabilização por todos os atos de violência baseada no género cometidos durante e após o dia 07 de outubro, à libertação imediata e incondicional de todos os reféns e a um cessar-fogo humanitário", afirmou a ONU Mulheres.
A agência da ONU salientou que "para o bem de todos", especialmente das mulheres e crianças dos Territórios Palestinianos Ocupados e de Israel, é essencial o regresso ao caminho da paz, ao respeito pelo direito internacional dos direitos humanos e ao "fim do sofrimento do povo de Gaza e de Israel" e das famílias que esperam pelos seus entes queridos.