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OE para 2024 "não é perfeito, mas ainda bem que existe"

Carlos Pereira defende documento no 48.º Congresso Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo

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Madeirense é contrariado por Francisco Calheiros: "Vai parar tudo"

O Orçamento de Estado (OE) para 2024 “não é perfeito, mas ainda bem que existe”. Uma opinião partilhada pelo vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, o madeirense Carlos Pereira, na sessão alusiva ao Orçamento de Estado para 2024, que decorre no âmbito do 48.º Congresso Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT),   na qual participa também o vice-presidente do PSD, António Leitão Amaro, e o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros.

O socialista lembra que o OE foi desenhado antes da crise, com cuidados derivados da instabilidade internacional, no sentido de suprir dificuldades e garantir o crescimento económico. Logo, recomenda-se.

Reforçar os rendimentos dos cidadãos, através do aumento de salários e redução de IRS, reforço do investimento privado que cresceu sempre acima da média europeia desde 2015 e garantia de estabilidade no futuro são três eixos que Carlos Pereira destaca no OE.

O contraditório não se fez esperar. “Não é um bom orçamento, mas não vai demorar muito”, opina o vice-presidente do PSD, António Leitão Amaro. E no seu entender é mau porque tem carga fiscal máxima e serviços mínimos. Porque faltam empresas. Porque há “um fechamento de Portugal face ao exterior”.

Neste contexto, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, assumiu não ter grandes expectativas sobre o OE. Primeiro porque comtempla muito pouco as empresas e depois porque provavelmente não será este OE que vai arrancar, já que a primeira coisa que o próximo governo irá fazer é um rectificativo. Como antevê uma gestão em duodécimos, “Isto não é nada bom, pois não dá estabilidade”, refere.

E ao contrário do que assegura Carlos Pereira, o presidente da CTP deixa claro que "vai parar tudo".

Os protagonistas da sessão 'E agora? O que fazer com este orçamento?' tentam  responder a uma questão central: " Com um orçamento aprovado e sem governo para o executar, quais são as saídas para a crise?".  A opinião de políticos e empresários está a ser partilhada no painel moderado por Ricardo Florêncio, CEO do grupo editorial Multipublicações.