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Lula da Silva defende regulação de redes sociais após ataque à sua mulher

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O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu hoje uma "regulação séria" das redes sociais, uma semana depois de a conta da sua mulher, Rosángela da Silva, ter sido atacada por um 'hacker'.

Numa transmissão ao lado da sua mulher, Lula da Silva afirmou querer fazer "uma regulação séria, não só para um país, para o mundo".

"O mundo já era preconceituoso contra a mulher, o negro, o pobre. Agora, com a internet, virou 'hiperpreconceituoso'. Porque as pessoas transformam o seu preconceito pessoal para milhões de pessoas. Como a gente trata isso sem fazer censura? É um desafio", frisou o chefe de Estado brasileiro, acrescentando ainda ter ficado irritado com o ataque feito à sua mulher.

"A violência contra meninas é uma coisa absurda. O abuso de fotografias, de filmes de meninas, manipulação de imagens. É criminoso, não dá para não tratar isso como uma coisa criminosa. Tem menina se cortando, gente se matando, se violentando", sublinhou.

Por outro lado, Rosángela da Silva, conhecida como Janja, garantiu que vai processar a plataforma após o ataque de um 'hacker' que durou cerca de uma hora e meia, com várias ofensas machistas e misóginas.

Rosángela da Silva queixou-se das dificuldades que teve em conseguir que os operadores da rede social suspendessem temporariamente a sua conta após a invasão e disse que isso se deveu ao facto de o dono da rede X, Elon Musk, "ter ficado muito mais milionário com aquele ataque".

A conta de Janja tem 1,2 milhões de seguidores e na noite de segunda-feira passada começou a partilhar mensagens de cunho machista e sexista, nas quais foram ofendidos a primeira-dama, o marido e Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o juiz do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.