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Madeira

Madeira é a região do País com maior prevalência de violência

Mais de dois quintos da população portuguesa (44,8%) já sofreu pelo menos uma situação de violência ao longo da vida, sendo a Madeira a região com maior proporção, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE)

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Mais de dois quintos da população portuguesa (44,8%) já sofreu pelo menos uma situação de violência ao longo da vida, sendo a Madeira a região com maior proporção, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os resultados do Inquérito à Segurança no Espaço Público e Privado (ISEPP) indicam que a região do Alentejo é que regista uma proporção mais baixa (37,8%), contra 48,1% na Madeira, 46,9% nos Açores e 46,8% na Área Metropolitana de Lisboa.

A prevalência da violência é mais elevada entre a população mais escolarizada (49,4%), segundo a mesma fonte.

Mais de 1,4 milhões de pessoas dos 18 aos 74 anos sofreram violência na infância (18,6%), até aos 15 anos: mais de 1,3 milhões de pessoas (17,6%) sofreram algum tipo de abuso psicológico ou físico por parte dos pais e mais de 176.000 (2,3%) foram vítimas de abusos sexuais na infância.

"Considerando somente a violência exercida sobre as mulheres, Portugal pertence ao grupo de países da União Europeia que apresenta, de um modo geral, proporções mais baixas de violência", de acordo com o INE.

As vítimas de violência por não parceiros/as foram as que mais relataram experiências de violência (66,8%) e as vítimas de violência sexual na infância foram quem mais as silenciou (29,4%). Cerca de metade das vítimas em contexto de intimidade falaram com alguém ou alguma entidade sobre o que aconteceu.

As consequências psicológicas e físicas em resultado da violência foram mais referidas pelas vítimas de violência em contexto de intimidade.

"Mais de três quartos da população (75,8%) considera a violência exercida contra as mulheres por parte dos parceiros muito comum/comum. Mais de dois quintos (42,0%) tem semelhante opinião sobre a violência contra os homens exercida pelas parceiras", de acordo com a análise aos dados recolhidos neste inquérito.

O conhecimento dos vários serviços ou estruturas de apoio a vítimas revelou-se inferior no grupo de pessoas que já sofreu algum tipo de violência.