Combinar tecnologias para conhecer o mar profundo na Madeira
João Monteiro, investigador do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, na sua intervenção no Simpósio Internacional ‘MAD-Deep: Madeira Deep-Sea Symposium’, que está a decorrer esta segunda-feira na Reitoria da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, abordou a temática ‘Assessing Pressures no mesophotic and Deep-Sea Habitats in Madeira’.
Na ocasião explicou o Deep-ML, um projecto pioneiro na Região Autónoma da Madeira desenvolvido, inicialmente, para verificar a poluição presente no mar profundo.
Através de diversos mecanismos foi possível verificar e ter acesso à biodiversidade e comunidades presentes no mar profundo, assim como desenvolver um estudo experimental sobre a colonização do plástico nesta zona.
Ainda assim, apesar de já terem sido desenvolvidos diversos estudos sobre o mar profundo, pouco se conhece sobre os habitats que existem, por isso reconhece que é necessário desenvolver mais estudos e utilizar tecnologias ‘low cost’.
Marina Carreiro Silva, do centro de investigação OKEANOS, nos Açores, começou por referir que a procura dos oceanos para obter recursos, como energia, comida e minerais, tem causado pressão sob os mesmos. “Os nossos oceanos estão a mudar por causa das alterações climáticas. Estão a ficar cada vez mais quentes”.
Nos Açores explicou que a mineração no oceano profundo é um dos pontos que mais preocupam. “Impactos podem ser severos”, acrescentou.