Nuno Morna diz que IL foi "prejudicada" por duas ocasiões na Assembleia Legislativa da Madeira
O deputado único da Iniciativa Liberal Nuno Morna disse, hoje, que a IL foi "prejudicada" por duas ocasiões na Assembleia Legislativa da Madeira.
"Uma primeira quando baralharam e deram, fazendo com que houvesse um claro prejuízo da IL na escolha das comissões, para beneficiar novos parceiros de coligação. E agora com as marcações da Ordem de Trabalhos difíceis de entender, onde se procura fazer com que o que incomoda não seja discutido no plenário", justificou através de um comunicado.
"E se no primeiro momento houve uma clara ilegalidade, no segundo está tudo de acordo com o Regimento da Assembleia. Legal, mas de cariz muito pouco democrático", acrescentou.
Ou seja, segundo Nuno Morna, "se o PSD e o PS quiserem (e mais uns pozinhos de perlim-pim-pim) os partidos mais pequenos, muito dificilmente, conseguirão levar à discussão em Plenário os projectos que apresentam e agendam".
A este propósito disse que "os dois maiores grupos parlamentares, ambos da família socialista, funcionam como uma espécie de “maioria de bloqueio” apoiada na sua inquestionável representatividade". São, conforme fez questão de frisar, "uma espécie de “vampiros da Assembleia” que comem tudo e não deixam nada, como cantou Zeca Afonso. E estão de bem com isso".
E acrescentou "Se seguirmos o Regimento, pelo qual se rege esta casa, nas suas diferentes valências, pouco resta para os partidos, que representando madeirenses, tiveram votações menos expressivas. Não pretendemos ser mais do que os outros, mas entendemos que algo tem de mudar para que a nossa voz, as nossas propostas possam ser discutidas no tempo certo e não andem a saltitar de plenário em plenário como coisa de pouca monta".
Estou há dois meses na ALRAM, e há dias em que me assalta um enorme espanto, uma impotência avassaladora, uma incapacidade brutal. Tudo isto porque é pouco o que me deixam produzir e concluir". Nuno Morna
O deputado único da Iniciativa Liberal é ainda da opinião de que "esta Assembleia tem de mostrar mais trabalho" e "se tornar mais democrática".