Investigações permitem mapear o mar profundo na Madeira
Está a decorrer até amanhã um simpósio sobre o mar profundo na Madeira no Colégio dos Jesuítas
O segundo painel da manhã do Simpósio Internacional ‘MAD-Deep: Madeira Deep-Sea Symposium’, que está a decorrer na Reitoria da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, abordou as missões realizadas no mar profundo da Madeira e o que está a ser feito.
Kirsten e Joachim Jakobsen, da Fundação Rebikoff-Nigeler, começaram por explicar algumas das expedições realizadas na Madeira, onde participaram. Estas investigações, tal como explicou Kirsten, permitiram mapear o mar profundo, encontrar objectos arqueológicos e espécies pelágicas. “Foi muito interessante estar lá. Normalmente vemos por um ecrã e estar lá e ver nas várias dimensões foi muito interessante”, referiu.
Os trabalhos de investigação realizados por Kirsten e Joachim foram utilizados em documentários no ‘Our Planet’ e no ‘Blue Planet II’, da BBC.
Na ocasião apresentaram ainda um projecto para uma câmara 360º que auxiliará nas expedições e investigações. O projecto estará pronto “no próximo Verão”, disse Joachim Jakobsen.
Andreia Braga-Henriques, investigadora do mar profundo, abordou a temática ‘Meet the Remarkable Deep-Sea Ecosystems of Madeira’ onde, tal como o nome indica, apresentou algumas das espécies encontradas em investigações na Madeira, nomeadamente corais, bivalves e algas.
O director do Observatório da Madeira, Rui Caldeira, explicou os investimentos que tem sido realizados na Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Madeira.
Apontou que são necessárias tecnologias para ir mais fundo. “Já há várias coisas feitas. Não vamos inventar a roda”, disse acrescentando que é necessário investir nas inovações. “Não é barata, mas é sustentável”.
O simpósio continua está tarde com dois painéis que abordarão a vida no mar profundo e a pressão que enfrentam, os impactos e o futuro.