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Madeira

Rocha da Silva defendia cobrar entradas nas veredas turísticas há 29 anos

Consulte connosco a edição de 18 de Dezembro de 1994, neste ‘Canal Memória’

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Corria o mês de Dezembro de 1994 quando Rocha da Silva, na altura director regional de Florestas, defendia que as entradas nas veredas consideradas turísticas fossem pagas. João Carlos Abreu, secretário do Turismo, não concordava com tal medida.

Na época, Rocha da Silva considerava ser necessário classificar as veredas e levadas não só segundo o seu grau de dificuldade, mas também tendo em conta as categorias: veredas turísticas de montanha, veredas de observação da Natureza e veredas rurais. No caso das veredas rurais, deveriam ficar sob a responsabilidade das autarquias. Já as turísticas, ficariam na alçada do Governo Regional, pressupondo um certo trabalho de manutenção e sinalização.

Por outro lado, considerava que as entradas em determinadas levadas ou veredas deveriam ser pagas, por forma a suportar os custos da sua manutenção e de protecção dos habitats.

Essa ideia, contudo, não era bem acolhida por parte da Secretaria Regional do Turismo e Cultura. João Carlos Abreu considerava-a "anti-turística". Considerava que uma vinda à Madeira já era cara e não deveria ser encarecida ainda mais com a cobrança deste tipo de taxas ou entradas. Falava-se no encerramento do miradouro do Cabo Girão, para cobrança de entradas, mas João Carlos Abreu não considerava que essa fosse uma boa medida.

A notícia do DIÁRIO sobre este assunto teve por base vários casos reportados de lixo deixado nessas veredas, mas também em miradouros ou estradas regionais. A elevada procura por determinados percursos pedestres estava a fazer com que esses mesmos trilhos estivessem a ser conspurcados com lixo. Também à beira da estrada, em locais habitualmente utilizados para piqueniques, era muito o lixo que se podia encontrar.