Que a igreja vive momentos de renovação/modernização, isso já todos nós nos apercebemos. De uma forma ou de outra a verdade é que já nada é como era! E até aí tudo bem! Os padres já não vivem somente em prol das suas paróquias e fiéis. A entrega à sua vocação aos poucos vai tomando outros contornos. Ok! Tudo bem! São pessoas! Mas existem coisas que são difíceis de aceitar, até porque está se tornando uma constante, e por mais que seja à boca pequena, o descontentamento está lá! Na paróquia da Fajã da Ovelha, por exemplo, em que o respectivo pároco assume responsabilidades em mais do que uma paróquia, e como tal tem de ter sabedoria e boa vontade em gerir as coisas de forma a que todos os paroquianos se sintam em igualdade. O ponto aqui, são as missas do parto e a respectiva noite Natal. Numa fase inicial a ideia seria, segundo o pároco, fazer de forma rotativa. Completamente justo! Acontece que sempre que chegava ao ano em que seria a paróquia da Fajã da Ovelha a ter a missa da noite de Natal, com o horário mais próximo da hora em que tipicamente se celebram estas festividades, essa rotatividade era sempre esquecida! Fazendo-se, assim, a missa do parto as 11 da manhã e a noite de Natal as 19h00 do dia 24 (como será o caso deste ano). O motivo ao que parece é sempre o mesmo: é uma população idosa, então é melhor assim! Todos sabemos o que pensa um pastor em relação as ovelhas mais velhas do seu rebanho! Já deram o que tinham a dar e têm de se limitar a acatar… É justo? Não, não é! A população está satisfeita? Não, não está! Esta carta vai ser tema da próxima homilia? Vai! É nos difícil compreender/aceitar o porquê de uma vez no ano, não haver um sacrifício de se celebrar a missa pela noite dentro! Não faz parte das suas obrigações? Até porque não é de amor em graça! Sabemos o quanto uma vida social, pode, por vezes, ser muito activa… mas quem não quer ser lobo que não lhe vista a pele… até porque fazer praia é bom é no verão…. Upsss

Francisco Ladeira