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Madeira

IL questiona Governo Regional sobre estudo que custou 1,2 milhões sobre descarbonização

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A Iniciativa Liberal procura informações sobre um alegado estudo sobre a descarbonização dos porto da Região, cujo valor seria de 1,2 milhões de euros. O partido estranha que este valor seja apenas para a concretização de um estudo, quando deveríamos estar já a falar da efetivação do projecto. 

"E precisam de 1,2 milhões para estudar se já sabem isto? Para estudar o quê? Se é um estudo de exequibilidade, é para determinar se é  possível. Se é para definir o como, é um projecto, não é um estudo", refere nota do IL.

As datas indicadas para que o projecto seja implementado é a de 2030. Só para que se fique com uma ideia, o Porto de Narvik (Noruega) anunciou, no ano transacto, que ia dar início ao processo de descarbonização e que previa a sua conclusão para 2024. Dois anos para passar da ideia à sua efectivação. Estudos, projectos, construção. A data de 2030 foi a que o Governo da República deu para o processo estar concluído em todo o país. Por cá toca de aproveitar. Se fosse 2099, certamente seria essa a que a APRAM daria como data de conclusão. Voltando a Narvik, o valor do projecto total estará um pouco acima do milhão de euros. Por cá, só o estudo, custará 1,2 milhões. Clarificando, porque há sempre quem não queira perceber, a electrificação em Narvik custará menos que só o estudo para o mesmo fim no Porto do Funchal. Iniciativa Liberal

O partido recorre ainda ao exemplo do porto de Sète, em França, cuja descarbonização será feita por um total de 2,5 milhões. "E Agosto de 2022, e novamente em Abril deste ano, perguntávamos quem ia efectuar o estudo que vai custar tanto dinheiro. Não temos nada contra estudos, bem pelo contrário, mas pensamos que devem ser claros e devidamente justificados para que se não fique com a sensação de que se deita dinheiro fora", refere.

"Passou mais de um ano e continuamos sem saber qual o prazo para a efectivação do estudo. Quem o vai, ou está a fazer? Quais os seus pressupostos? Como estão a ser aplicadas as verbas? Estão os prazos a ser cumpridos? Em que sentido correm as conclusões? Integra a EEM o grupo de trabalho que faz o estudo?", questiona.