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Madeira

Pedro Calado atribui atraso nas obras públicas a "inércia" da anterior vereação

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O presidente da Câmara Municipal do Funchal desvalorizou, hoje, as críticas sobre atrasos nas obras públicas na cidade. Pedro Calado, referindo-se à nova ETAR localizada no Lazareto, disse que quando chegou ao executivo, a mesma encontrava-se parada. 

"Ninguém fazia nada e a CMF ia perdendo os fundos comunitários", disse o autarca, indicando que os mesmos foram renegociados, já pela actual vereação; 12 milhões de euros da União Europeia, mais um contrato-programa com o Governo Regional, "que se encontra a suportar alguns dos custos deste avultado investimento". Além disso, lembrou que esta obra passou por dois concursos, tendo em conta que o primeiro ficou "deserto" pelo baixo valor apresentado, de 13 milhões. Desde o ano passado que a obra, no valor de 19 milhões, está a decorrer, havendo alguns atrasos por questões de fornecimentos de matérias sendo "que o principal motivo de atraso veio de trás, com a vereação anterior, que tiveram aqui quatro anos em que nada fizeram".

Pedro Calado realçou que a oposição queria construir a ETAR no Liceu, destruindo o campo de futebol, sendo que antes desta localização, queriam fazê-la na Zona Velha, junto à actual ETAR, o que suscitou protestos dos comerciantes.

O autarca referiu ainda outras obras que se encontram atrasadas, como é o que caso da tão noticiada Confeitaria Felisberta. No que se refere a outras obras públicas, o autarca salienta que "estão todas a andar", tendo sido essa uma das preocupações da actual presidência da CMF, "acabar com tudo aquilo que estava para fazer". dando o exemplo da Rotunda de Santo António e outros investimentos. 

Mais dinheiro para bolsas de estudo

Uma das principais conclusões da reunião de Câmara desta quinta-feira é o reforço do pagamento de bolsas de estudo. Foi aprovado o pagamento referente ao Programa de Acesso a Bolsas a Estudantes do Ensino Superior – Ano lectivo 2023/2024 num valor de quase 750 mil euros. 

Pedro Calado explicou que a autarquia "tem 1.700 processos de bolsas de estudo para este ano lectivo. Destes 1.700 processos, despachamos, agora, o pagamento de 750, já para todo o ano". O presidente da CMF salientou que a autarquia vai proceder ao reforço das verbas para o próximo ano lectivo, até porque "tínhamos quase dois milhões de euros, só para bolsas de estudo,  para este ano e grande parte está a ser paga já", apontando ainda ter sido "uma boa aposta a edilidade ter aumentado o âmbito destas bolsas, alargando-as aos doutoramentos e cursos técnicos profissionais e superiores".

Nesta Reunião de Câmara foi igualmente aprovada uma isenção fiscal em área de reabilitação urbana, em Santa Luzia.